Fuad Noman e Gabriel Azevedo travaram um embate nesta terça-feira (Montagem/Hoje em Dia)
O vereador Gabriel Azevedo, presidente da Câmara Municipal, intimou o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) para conversar frente a frente após nova troca de farpas entre os dois nas redes sociais nesta sexta-feira (14).
“Caro prefeito, estou na Câmara Municipal trabalhando. O senhor está onde? Quer vir aqui agora? O senhor precisa dizer onde no Projeto de Lei há garantia que a passagem não vai aumentar. Trata-se de meio bilhão de reais para os empresários e só”, comentou Gabriel, mostrando um relógio confirmando o horário (veja abaixo).
A postagem do vereador foi uma resposta às críticas de Fuad Noman ao presidente da Câmara Municipal. Na tarde desta sexta-feira, prefeito acusou o chefe do Legislativo municipal de “espalhar mentiras teatrais e atrasar tramitação” do Projeto de Lei 538/23 que disponibiliza mais R$ 500 milhões de subsídios às empresas de ônibus para tentar evitar um aumento no preço das passagens.
Ele ainda questionou a quem interessa criar um caos no transporte público da capital.
Entenda o embate
O bate boca entre os dois começou ainda na manhã desta sexta-feira, quando o prefeito deu entrevista a jornalistas e criticou o processo iniciado na Câmara Municipal para romper o contrato com as empresas de ônibus.
"Uma precipitação inadequada. Não tem nenhum processo no Tribunal de Contas nem na Justiça sobre isso, então querer fazer isso é simplesmente querer atrapalhar a vida da cidade", criticou. "Se eu parar os ônibus hoje a cidade para e eu vou gastar um ano para recuperar os ônibus”, afirmou.
Em resposta, o vereador Gabriel afirmou que o prefeito está assumindo o papel de defensor dos donos das empresas de ônibus da capital.
"A cada dia que passa, Fuad Noman vai se assemelhando mais a sócio de empresário de ônibus do que a um prefeito. Um prefeito deveria ter utilizado o período que teve para encontrar soluções calmas e ponderadas. Não fez de caso pensado para poder encenar agora uma novela mexicana de quinta categoria", criticou. O vereador ainda acusou o prefeito de agir como se fosse "Silvio Santos" jogando "dinheiro para empresários".
A disputa gira em torno da abertura do rpocesso de rompimento do contrato com as empresas de ônibus que prestam serviço de transporte púbilco na capital mineira. As empresas exigem da prefeitura um novo aporte de recursos para evitar que as passagens seja reajustadas, mas a Câmara Municipal afirma que não existe garantias de qualidade ou manutenção das tarifas e que poderiam haver aumentos mesmo com a liberação de dinheiro para as empresas.
Diante do impasse e utilizando documentos encaminhados pelo Ministério Público de Contas que levanta suspeitas sobre o processo de licitação do transporte público da capital, os vereadores pretendem romper o contrato se não houver melhorias nos serviços.
Leia mais