“Se o Lula naufragar na política econômica vai te jogar para baixo. Se você sair candidato pelo PSOL sem o PT não corre esse risco”, comentou Datena (Reprodução/redes sociais)
Está causando burburinhos na internet, nesta segunda-feira (3), um vídeo mostrando o apresentador José Luiz Datena (PDT) pedindo para que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) “peite” o PT nas próximas eleições. Ele ainda sugere que os dois disputem as eleições municipais em São Paulo (SP) no próximo ano.
“Se você peitar o PT e nós sairmos candidatos, se você falar para o Lula: eu quero o Datena como vice e sinto muito, nós podemos sair. Nosso acordo político é como nuvem, cada hora está em um lugar”, disse o apresentador durante conversa com Boulos e outras pessoas.
Datena, que já foi apoiador do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), se filiou recentemente ao partido centro-esquerda PDT e tem articulado sobre a possível disputa à cadeira do executivo da capital paulista em 2024.
Em outro momento do bate-papo, o apresentador fala sobre a “importância” dessa desvinculação com o PT: “o PSOL é um partido que está surgindo, com força importante. Tem o único cara de esquerda capaz de ser o substituto do Lula. E o PT não aceita isso, vai querer fazer o Haddad". Boulos responde apenas com um “é isso mesmo”.
“Se o Lula naufragar na política econômica vai te jogar para baixo. Se você sair candidato pelo PSOL sem o PT não corre esse risco”, comentou Datena.
Sem negar os fatos, na manhã desta segunda, Guilherme Boulos publicou nota nas redes sociais lamentando o vazamento da conversa. “Neste sábado, Datena, o craque Neto e eu nos encontramos com outros amigos corintianos, a meu convite, para um jantar no Campo Limpo. Uma conversa informal sobre futebol e política. Lamento profundamente que alguém tenha vazado uma conversa privada na tentativa de criar polêmica”.
Até o fechamento desta matéria, Datena não havia se pronunciado sobre o ocorrido.
Em 2020, Boulos chegou ao segundo turno das eleições municipais. O político obteve 40% dos votos válidos contra 50% de Bruno Covas (PSDB), falecido há 2 anos vítima de câncer.
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