Os casos de violência já registrados por divergências políticas, em meio à polarização eleitoral, podem se intensificar em um eventual segundo turno, no fim de outubro. A possibilidade de mais ataques envolvendo petistas e bolsonaristas - alguns já terminaram em mortes nesse ano - é destacada pelo cientista político Adriano Cerqueira.
“Quanto mais tempo dura a campanha, mais se abre a possibilidade de violência”, afirmou, nesta terça-feira (27), em entrevista ao Hoje em Dia.
Para Cerqueira, o cenário atual se aproxima do vivido nas eleições de 1989, na disputa protagonizada por Lula (PT) e Fernando Collor (PTB). Ele lembra que, na época, o segundo turno foi marcado por episódios de agressões.
“Esperamos que essa violência fique apenas na internet, nas agressões verbais e não caia na violência física”, disse o professor da Universidade Federal de Outo Preto (Ufop) e do Ibmec.
Para Cerqueira, esta semana será “infernal”, mas o importante é manter a tranquilidade. “É participar do processo e discutir ideias, mas se afastar de discussões desnecessárias”, acrescenta.
Adriano Cerqueira encerra a série de entrevistas feitas pelo Hoje em Dia para as eleições de 2022, que têm o primeiro turno marcado para o próximo domingo (2). Antes dele, passaram pela sabatina comandada pelo jornalista Carlos Lindenberg candidatos ao Senado e ao Governo Estadual de Minas.
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