Político e empresários são presos por suspeita de exploração sexual

Kelen Rauber - Folhapress
23/10/2012 às 22:17.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:29

URUGUAIANA (RS) - O presidente da Câmara Municipal de Uruguaiana (RS), Francisco Azambuja Barbará (PMDB), foi preso nesta terça-feira (23) com mais quatro homens por suspeita de exploração sexual. A operação "Clientela", da Polícia Civil, durou cerca de seis meses. No total, dez pessoas foram presas e 12 indiciadas.

Além do vereador, conhecido como Kiko Barbará, foram presos quatro empresários, um advogado, um mototaxista, três aliciadores, um cafetão e a mãe de uma das meninas, suspeita de ser conivente com o crime.

O caso foi investigado pelo delegado da Policia Civil Thiago Albeche, com o apoio de mais quatro delegados e 40 policiais civis de várias cidades do RS. O objetivo da operação é coibir crimes de prostituição de adolescentes no município, situado na fronteira com o Uruguai.

De acordo com Albeche, as investigações começaram após o recebimento de denúncias e levaram a nomes de pessoas que fariam o aliciamento de jovens entre 14 e 18 anos de idade.

As aliciadoras faziam contatos com os clientes e levavam a menor para um local de encontro. A polícia acredita que pelo menos dez menores carentes, entre meninas e meninos, tenham sido vítimas de exploração. Há relatos de que a situação ocorria há mais de dois anos.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Uruguaiana, José Clemente Corrêa (PT), informou que foram adotadas medidas administrativas e que o regimento interno da casa será analisado. "Esse fato leva a dois caminhos: será submetido à apreciação da comissão de ética e à analise do dispositivo que fala da ausência do vereador em cinco reuniões ordinárias, levando à exoneração do cargo", disse.

Procurado, o advogado de Barbará não atendeu às ligações da reportagem.

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