As pessoas têm vivido mais e mais doentes, segundo um projeto colaborativo liderado pelo Instituto de Métrica e Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês), da Universidade de Washington, nos EUA.
O levantamento apontou que desde a década de 1990, quando a pesquisa foi feita pela primeira vez, a população mundial tem envelhecido mais, a incidência de doenças infecciosas e desnutrição infantil tem caído, e – as pessoas estão mais condicionadas a ter uma vida adulta pouco saudável, por causa do sedentarismo e da má alimentação.
Conforme o estudo, a população atual está lidando com mais doenças crônicas, como asma, pressão alta, infarto, derrame, obesidade, diabetes, fumo, alcoolismo e câncer, e lesões nos músculos e ossos, como osteoporose, que causam invalidez e mortes, e problemas mentais.
E esse número cresceria à medida que as pessoas vivem mais.
Os pesquisadores ainda concluíram que enquanto os países fazem um grande trabalho no combate às doenças fatais, como a Aids, a população está vive com mais problemas de saúde que causam dor, prejudicam a mobilidade e capacidades como a visão, a audição e o funcionamento cerebral.
Crianças - Doenças como diarreia causada por rotavírus e sarampo são responsáveis pela morte de mais de 1 milhão de crianças com menos de 5 anos por ano no mundo, apesar das vacinas contra os dois problemas. Já o número de mortes entre adultos de 15 a 49 anos cresceu 44% no período de 1970 a 2010.
O resultado é, em parte, pelo aumento da violência e pela elevação contínua dos casos de HIV, que mata mais de 1,5 milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Já os riscos associados à dieta e ao sedentarismo, como excesso de peso e altas taxas de açúcar no sangue, são responsáveis por 10% da carga de doenças globais e só tendem a aumentar.