Prefeito do RJ diz que paralisação dos garis tem motivação política

Roberta Pennafort
Publicado em 08/03/2014 às 13:18.Atualizado em 20/11/2021 às 16:30.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse, em entrevista à TV Globo, que a paralisação dos garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), iniciada há uma semana, é um motim com motivação política. Ele lembrou que um dos líderes do movimento, Célio Viana, é filiado ao PR e já foi candidato a vereador.

"A gente não tem uma greve na cidade, tem um motim que coage e intimida os garis que querem trabalhar. Imaginar que você tenha que colocar um carro da polícia para deixar o gari trabalhar. Isso mostra que isso não é coisa de gari. É um grupo de marginais coagindo quem quer trabalhar, num processo de guerrilha", disse Paes.

Segundo ele, no carnaval pessoas passaram em motos sem placa para ameaçar trabalhadores e furar pneus de carros da Comlurb. "Esse rapaz (Viana) foi candidato a vereador e teve 300 votos, foi candidato no sindicato e perdeu", apontou Paes, em referência à divergência entre os trabalhadores e o sindicato que os representa. Ele garantiu também que a Comlurb vai se manter uma empresa pública - ao contrário do que ocorre em outros municípios, que privatizaram o serviço de limpeza.

Apesar de o prefeito ter lembrado apenas a vinculação de um dos líderes da greve com o oposicionista PR, há sindicalistas filiados a outros partidos, inclusive da base de Paes. O tesoureiro do sindicato da categoria, Manoel Martins Meireles, é do PTB e, em 2012, fez campanha para vereador ao lado do prefeito, mas não foi eleito. O sindicato está em conflito com o movimento grevista, que o acusa de defender os interesses da Comlurb e não dos garis.


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