
QUITO - O presidente do Equador, Rafael Correa, assegurou na noite de quarta-feira (23) que irá manter o asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, caso seja reeleito nas eleições de 17 de fevereiro.
"Mas é claro. Se as circunstâncias não mudaram, como vamos tirar o asilo?", disse Correa em uma entrevista à rede de televisão
Gama TV.
O presidente reiterou que a solução para o caso do australiano, que permanece isolado na embaixada de Quito em Londres desde 19 de junho, "está nas mãos de Reino Unido, Suécia e da União Europeia em geral".
"Nós, de acordo com o direito internacional, demos o asilo, está dada a proteção do Estado equatoriano, mas a prepotência de alguns países é assim. Imagine se nós fizéssemos isso", expressou o governante.
Em outra entrevista ao mesmo canal na noite de quarta-feira, o banqueiro Guillermo Lasso garantiu que também manterá o asilo a Assange se vencer as eleições, embora tenha ressaltado que o "Equador nunca deveria ter se metido nesta confusão".
O aspirante de direita acrescentou que "buscará resolver o problema dentro do âmbito do direito internacional".
"A solução não é expor o senhor Assange a uma carnificina, jamais faria isso, é preciso respeitar o direito internacional e agir dentro deste âmbito", sustentou Lasso.
Correa deve ser reeleito no primeiro turno, segundo as pesquisas de intenção de voto, que concedem a Lasso o segundo lugar.