O presidente da França, François Hollande, assinou lei autorizando o casamento gay e a adoção por casais do mesmo sexo, depois de meses de protestos em todo o país e debates calorosos. A assinatura significa que os primeiros casamentos homossexuais poderão ser celebrados na França dentro de aproximadamente dez dias.
O escritório de Hollande disse que ele assinou o projeto na manhã deste sábado, um dia depois de o Conselho Constitucional derrubar uma medida de impugnação à lei. Hollande tinha feito da legalização do casamento gay uma de suas promessas de campanha do ano passado.
Enquanto as pesquisas têm demonstrado apoio majoritário ao casamento homossexual na França, a adoção por casais do mesmo sexo é mais controversa. O projeto passou por meses de protestos, principalmente por parte de grupos conservadores e religiosos. Alguns desses protestos foram marcados por confrontos com a polícia.
A oposição não está pronta para desistir: planeja um protesto, no próximo dia 26, para transformar o sucesso do movimento contra o casamento gay em um movimento contra Hollande. Entre aqueles que devem participar da manifestação está Jean-François Cope, o líder do partido de oposição União por um Movimento Popular (UMP), que luta por direção após Nicolas Sarkozy perder a presidência no ano passado. Hollande advertiu que não aceitará qualquer interrupção dos primeiros casamentos gays na França.
Apesar dos protestos, a lei passou com facilidade em ambas as casas do Parlamento, que é dominado pelo Partido Socialista, de Hollande. E o Conselho de Constitucional disse que "o casamento como uma união entre um homem e uma mulher não pode ser considerado um princípio fundamental".
A França é 14º país no mundo e o mais populoso a legalizar o casamento gay. Nos EUA, Minnesota se tornou o 12º Estado, na terça-feira, a legalizar a união entre homossexuais. As informações são da Associated Press.
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