Presidente interino descarta disputar reeleição em 2018

Da Redação
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Publicado em 15/05/2016 às 23:18.Atualizado em 16/11/2021 às 03:27.

Em entrevista ao programa "Fantástico", da Rede Globo, o presidente interino Michel Temer (PMDB) declarou que não pretende disputar a reeleição em 2018. Ele garantiu que a intenção é fazer um bom governo, caso se confirme o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT).

"Não é a minha intenção. Eu posso ser até, digamos assim, impopular, mas, desde que produza benefícios para o país, para mim é suficiente", disse. A entrevista foi ao ar na noite deste domingo (15), mas foi realizada na última sexta-feira (13), um dia após o político assumir o cargo. Durante a exibição da matéria, gritos de protesto foram ouvidos em alguns bairros de Belo Horizonte.

Críticas

Ao semanário, Temer também comentou sobre as críticas que têm recebido desde que assumiu interinamente a presidência do Brasil. Dentre elas, a indicação de Romero Jucá, que é investigado na operação "Lava Jato", para ministro do Planejamento. "Ele é de uma competência administrativa extraordinária", elogiou.

Outra questão citada foi a falta de mulheres nos ministérios. O presidente interino garantiu que vai nomear secretárias do sexo feminino para algumas pastas. "Para a Cultura eu quero trazer uma representante do mundo feminino. Para a Ciência e Tecnologia e Comunicações, quero trazer uma representante do mundo feminino, e também na chamada Igualdade Racial, Mulheres e etc., que passou a ser Cidadania, eu quero trazer uma mulher. Portanto eu terei no mínimo quatro mulheres integrantes do ministério", ressaltou.

Temer ainda comentou sobre a reforma previdenciária. "As chamadas regras de transição muitas vezes não ferem o direito adquirido porque apanham aqueles que ainda estão para se aposentar. Essa matéria não está definida. O que não é possível é não fazer nada ou, daqui a alguns anos, quem sofrerá as consequências serão exatamente os aposentados".

Programas sociais

Ele também reiterou o compromisso de manutenção de programas sociais, como o Bolsa Família, Prouni e Pronatec. "Quando eu disse “olhe, eu vou manter o Bolsa Família e outros programas sociais" é na concepção mais absoluta de que há de haver uma certa proteção para aqueles que não têm por conta própria a possibilidade de sobrevivência. Se for necessário cortarei de outros setores, não cortarei daqueles mais carentes no país", afirmou.

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