(Guilherme Dardanhan/ALMG)
Newton Cardoso, um dos caciques mais influentes do MDB mineiro, disse que pedirá, hoje, ao governador Fernando Pimentel (PT) que apoie a pré-candidatura de Adalclever Lopes ao governo de Minas.
Newton também quer que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) dê vazão à ideia. E mais, acredita que o petista poderia conseguir mais votos em uma campanha preso do que solto. “Pode ser preso, mas dentro da cadeia ele tem muito voto. Preso, ele tem mais voto que solto”, desafiou.
“Respeito profundamente o PT, mas já ajudamos duas vezes o PT. Agora é hora vez do Lula ajudar Adalclever”, afirmou. Newton disse que tem um almoço marcado hoje com Pimentel, ocasião em que discutirá os rumos do MDB.
O ex-governador lançou ontem a biografia da história política dele. Assinado pelos jornalistas Guilherme Ítalo e Pedro Blank, o livro promete, conforme Newton, revelar os bastidores “dos gabinetes”. “Relata muitas verdades que o povo não sabe. Quis, com minha coragem política, mostrar o que aconteceu nos gabinetes”, afirmou.
Newtão, como é conhecido no meio político, revela também que “conta a verdade sobre Lula”.
O ex-governador ficou famoso pelas declarações polêmicas durante a carreira. Ontem, ao participar de evento em comemoração aos 52 anos do MDB e do lançamento do livro, disse que o partido ao qual pertence é podre.
“O MDB nacional está podre, podre podre. Prefiro votar no Bolsonaro que no Temer”, afirmou mencionando a possibilidade do presidente Michel Temer disputar a reeleição contra o deputado Jair Bolsonaro.
Para o ex-governador, a “parte boa do MDB está em Minas”.
Não faltaram críticas também à oposição e aos governos do PSDB no Estado. Newtão disse ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode “cair”, a depender do que decidirá no julgamento de recurso do ex-presidente Lula.
“Se o Supremo fraquejar, o Supremo até cai. Sou amigo do Lula, mas o Supremo tem que ter coragem”, concluiu.