Preso na 'Lava Jato' teria pago obras em sítio a pedido de Lula, diz revista

Folha Press
25/04/2015 às 15:35.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:46

A edição deste sábado (25) da revista "Veja" afirma que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, um dos presos na operação Lava Jato, realizou uma reforma em um sítio a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Localizado em Atibaia (SP), o sítio Santa Bárbara, de 150 mil m², pertence aos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. De acordo com a revista, o ex-presidente costuma pescar na propriedade.    Atribuindo as informações a anotações feitas por Pinheiro no Complexo Médico Penal, em Curitiba, a revista afirma que as obras foram realizadas em 2011 e incluíram a reforma completa de duas casas, a construção de um pavilhão e de área para churrasqueira, a ampliação de uma piscina e a instalação de um campo de futebol, além da transformação de um antigo lago em dois tanques de peixe.    Segundo a "Veja", as anotações do empreiteiro seriam o esboço de um possível acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Os favores da OAS ao ex-presidente, conforme a revista, incluiriam a incorporação para conclusão de uma obra parada da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários), onde Lula e o tesoureiro afastado do PT João Vaccari Neto são donos de apartamentos.   Emprego   O terceiro ponto das anotações mencionadas pela revista teria sido o episódio em que Léo Pinheiro ajudou a conseguir um emprego para João Batista de Oliveira, marido de Rosemary Noronha, ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo.   Amiga íntima de Lula desde os tempos do sindicalismo, Rosemary Noronha perdeu o cargo federal em 2012, logo após a deflagração de uma operação da Polícia Federal para desmontar um suposto esquema de venda de pareceres de órgãos públicos a empresas privadas. Ela foi acusada de tráfico de influência e corrupção passiva. A suposta ação do empreiteiro em favor Oliveira, segundo a "Veja", visava acalmar Rosemary.   A assessoria de imprensa do Instituto Lula foi procurada pela reportagem do Hoje em Dia mas informou que não irá se posicionar a respeito da matéria.

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