Atual vice-prefeito de Nova Lima, na Grande BH, João Marcelo Dieguez (Cidadania), de 28 anos, elegeu-se prefeito da cidade com 38,2% dos votos, nesse domingo (15). O candidato ficou 12 pontos percentuais à frente do segundo colocado, Wesley de Jesus (DEM), que obteve 26,10% - mesmo com apoio do correligionário e chefe do Executivo, Vitor Penido. O posicionamento de ambos confirmou projeções feitas a partir de pesquisas eleitorais do instituto 121 Labs, divulgadas pelo Hoje em Dia nas últimas semanas.
Ainda em clima de comemoração pela vitória, João Marcelo fez, nesta segunda-feira (16), um balanço positivo da trajetória até a eleição, marcada por um trabalho intenso junto ao eleitorado e por algumas polêmicas com o principal adversário.
“Foi uma campanha muito alegre, muito bonita. Percorremos todos os bairros, todos os cantos de Nova Lima, levando uma mensagem de esperança, de dias melhores”, afirmou.
“Estamos passando por um momento difícil no mundo com essa pandemia, no qual muitas pessoas perderam empregos e outras não sabem se amanhã permanecerão nos seus empregos. E a gente entende que é importante o Poder Público estar ao lado do povo neste momento”, acrescentou.
Eficiência
João Marcelo também destacou as principais características que pretende imprimir à gestão. “Defendemos a construção de um governo mais eficiente, mais humano e mais participativo, no qual as pessoas tenham voz e possam ser ouvidas”, afirmou.
O futuro prefeito lembrou ainda a necessidade de aplicar melhor os recursos de Nova Lima, considerada uma das dez cidades com maior concentração de ricos no país, mas, como outras, também repleta de desigualdades sociais.
“Queremos ser mais eficientes porque Nova Lima é uma prefeitura que arrecada muito. Vai terminar este ano com algo em torno de R$ 400 milhões em caixa. E esse recurso tem que ser revertido em melhoria de qualidade de vida, na infraestrutura e em oportunidades para as pessoas, e é dessa forma que vamos governar”, ressaltou, destacando que, em sua gestão, ninguém vai ficar para trás: “Nosso objetivo, realmente, é governar para todas e todos, como diz o nome da coligação”.
O próximo passo, disse, é preparar o terreno para a posse, em 2021, inclusive com definições sobre a equipe que o auxiliará. “A partir de agora, vamos iniciar processo de transição do governo. Naturalmente, devido ao adiamento das eleições, esse tempo é mais curto, mas acredito que é um tempo possível para que a transição ocorra da melhor forma”, explicou.
“Até porque, pelo fato de eu estar no governo, conheço muitas pessoas, excelentes pessoas no governo, que podem, inclusive, continuar. Como também tem pessoas que acredito que possam ser trocadas em nome de uma melhoria e uma maior eficiência na prestação do serviço público”, finalizou.