Produção e lucratividade: Produtoras de hortaliças rurais de Paracatu buscam melhoria da produção e aumento das vendas

Jornal O Norte
16/06/2011 às 09:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 17:30

Pequenas produtoras rurais de Paracatu, comunidade rural de Brasília de Minas, dão exemplo de perseverança, e há cerca de 12 anos trabalham com o plantio e venda de hortaliças. No início era apenas para o consumo das famílias, depois viram a oportunidade de ganhar algum dinheiro através da comercialização dos produtos. Com muita dificuldade levavam as hortaliças para os mercados municipais das cidades de Brasília de Minas e Mirabela, onde tudo era vendido.

Mas há alguns anos, perceberam que seus produtos estavam perdendo mercado, por causa da pouca qualidade. Foi quando, segundo Elenice Rodrigues da Silva, começaram a buscar junto ao Sindicato dos Produtores Rurais de Brasília de Minas, a realização de cursos do Senar Minas que pudessem capacitá-las para plantio e comercialização da produção.

O primeiro curso levado às mulheres da Comunidade de Paracatu foi o de Administração de Propriedade em Regime de Economia Familiar, e neste mês de junho receberam o curso de Olericultura Básica/Cultivo Convencional de Hortaliças, aplicado pelo engenheiro agrônomo, instrutor do Senar, Martins Edson Barbosa Brandão, que tem como objetivo geral, cultivar hortaliças com qualidade no sistema convencional de produção.

RESULTADOS

Conforme Elenice Rodrigues, trabalha com hortas há 16 anos produzindo couve, coentro, cebolinha, alho, cenoura, beterraba, mostarda, dentre outras folhosas e verduras, todos os anos amarga alguns prejuízos por causa de pragas. O seu maior sonho era saber produzir defensivos naturais e o composto orgânico, além da adoção de técnicas apropriadas de produção para melhorar a qualidade dos seus produtos.

- Estou muito satisfeita com o curso, pois a partir de agora vou fazer eu mesma meu composto orgânico e os defensivos, economizar dinheiro e ter hortaliças bonitas e saudáveis.

Para Francisca Pereira dos Santos, que trabalha produzindo tempero e sementes, o curso de Olericultura lhe abriu novos horizontes. Ela disse já ter tido muitos prejuízos no passado, quando produzia folhas, por causa de pragas e não sabia como combatê-las sem o uso de agrotóxicos, o que desvalorizava seus produtos. 

- Agora que aprendi a combater as pragas com produtos naturais, encontrados na própria comunidade, vou voltar a produzir almeirão, couve, coentro, cenoura e tomate e, consequentemente, aumentar a minha renda.

Outra produtora que também melhorou de vida depois que começou a trabalhar com hortaliças foi Erotilde Cardoso Soares. A mais nova produtora do grupo, há 3 anos deixou de trabalhar em Montes Claros e voltou para a roça. Ela e o marido são donos de uma pequena propriedade, onde criam alguns animais, mas sua atividade principal é a produção de hortaliças.

- Hoje vivo melhor, ao contrário de quando trabalhava em Montes Claros. Só com a venda de hortaliças tenho uma renda mensal garantida de mais de um salário mínimo.

O gerente regional do Senar Minas em Montes Claros, José Belas Gonçalves, presente no curso, chamou a atenção das produtoras para a importância do trabalho em associativismo como forma de reduzir custos, aumentar a produção e a produtividade, melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a renda.

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