Produtor tem até dia 31 para pedir prorrogação de dívida de custeio

Jornal O Norte
18/07/2006 às 10:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:39

Produtores de soja, milho, arroz, algodão, mandioca, sorgo e trigo, além de pecuaristas de corte e de leite, avicultores e suinocultores têm até o dia 31 de julho para solicitar aos bancos a prorrogação das dívidas de custeio da safra 2005/06. O prazo está fixado na resolução 3.376 do Banco Central.  A notícia foi dada pelo jornal Estadão.

- Em relação aos custeios, os produtores ainda estão na fase de negociação, afirmou o coordenador geral de análise econômica do Ministério da Agricultura, Vilson Araújo. Segundo ele, ainda não é possível falar em nível de inadimplência para esses débitos.

Técnico da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados acrescentou que a crise que atingiu a agricultura nos últimos dois anos, o prejuízo estimado é de R$ 30 bilhões , impede que os produtores quitem seus débitos, mas que a inadimplência não é alta para as dívidas de custeio da safra passada.

- Essas dívidas foram prorrogadas. O principal problema não está aí, explicou.

Uma das queixas do setor privado é referente aos débitos dos produtores junto às empresas fornecedoras de insumos.

PRORROGAÇÃO

Para o governo, o ano-agrícola vai de julho a junho. A partir de meados de setembro, os produtores começam a cultivar uma nova safra. Em junho, o governo ampliou o pacote de ajuda anunciado pelo governo no final de maio. Uma das decisões foi aumentar os porcentuais de prorrogação automática das dívidas de custeio da safra 2005/06. Produtores de soja das regiões Sul e Sudeste ganharam o direito de prorrogar automaticamente 55% do saldo devedor contra 50% na proposta anterior. Os porcentuais que serão prorrogados automaticamente variam de acordo com o produto e a região de plantio.

Para Araújo, depois de encerrado o prazo para prorrogação desses débitos é que os produtores pensarão em contratar novos empréstimos para custeio da safra 2006/07. Para o ano-safra, o governo anunciou a liberação de R$ 41,4 bilhões para custeio e comercialização, montante 25% superior aos R$ 33,2 bilhões alocados em 2005/06.

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