O Senar- Serviço Nacional de Aprendizagem Rural realiza curso para formação de lideranças rurais em Montes Claros. Segundo informações do presidente do Sindicato Rural de Montes Claros, Júlio Gonçalves, os cursos estão sendo o diferencial na hora de aplicar o manejo correto nas propriedades.

Cerca de 28 pessoas, entre produtores rurais e representantes de sindicatos rurais do Norte de Minas, com idade entre 25 e 45 anos, participaram do programa de formação de novas lideranças rurais.

O curso é oferecido pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, e o principal objetivo é formar pessoas integradas à atividade rural com capacidade de entender e atuar no ambiente do Agronegócio. Além de Montes Claros, os municípios de Juiz de Fora, Lavras e Uberaba também realizaram o programa. E no mês de novembro é a vez de Governador Valadares.

MÓDULOS

O curso é dividido em cinco módulos, realizados a cada 15 dias. Em Montes Claros, começou no dia 19 de julho e o superintendente do Senar Minas, Antônio do Carmo, participou do encerramento e destacou o grupo do Norte de Minas como um dos melhores.

- Todos os participantes mostraram alto nível de conhecimento e interesse, o que mostra o aproveitamento dos produtores rurais junto às propostas oferecidas pelo Senar - enfatizou o superintendente.

E de acordo com os instrutores do programa, os participantes do curso em Montes Claros conseguiram entender que é preciso fortalecer a classe rural contra as sofisticadas restrições às exportações dos países desenvolvidos. E também estreitar relações entre o governo e a iniciativa privada, evitando assim a politização nas negociações comerciais.

- A melhor estratégia é alcançar os novos rumos com novas armas, salientou um dos instrutores - destaca Jerônimo Giaccheta.

SENAR APÓIA PROGRAMA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Durante a visita do Superintendente do Senar, Antônio do Carmo, a Montes Claros, ele também participou do lançamento do programa -Difusão Norte Mineira de Inseminação Artificial.

O projeto é idealizado pela Aspronorte, Associação dos Sindicatos de Produtores Rurais do Norte de Minas e segundo o presidente, Júlio Pereira, o objetivo é facilitar aos pequenos e médios produtores a participação dos avanços da tecnologia.

O superintendente Antônio do Carmo confirmou o apoio do Senar junto ao projeto.

- Treinar e capacitar produtores rurais em algo que realmente dê certo é o nosso maior interesse, afirma.

E ele ainda aproveitou para registrar que nos quase 15 anos de atuação do Senar, o Sindicato de Produtores Rurais de Montes Claros é a instituição com o maior número de eventos. De 1993 até agora, o sindicato já promoveu 580 cursos de Formação Profissional e Promoção Social.

MERCADO

Mesmo com o preço da arroba em baixa, norteando a casa de R$ 56 a R$ 60 em algumas regiões, os pecuaristas preferem investir.

Conforme informações do Senar Minas, o que tem sido o diferencial na hora de se obter uma boa carcaça é o trato com animal. A técnica da inseminação artificial, por exemplo, é uma das diversas investidas dos pecuaristas. Tudo para que os frigoríficos, especialmente o Independência, residente em Janaúba, aprove e compre a mercadoria. O frigorífico abate por dia cerca de 800 animais, com expectativa de abatimento de cerca de 1.200. E, segundo os diretores, a carcaça no Norte de Minas é de excelente qualidade, mas ainda pode melhorar.

Os pecuaristas e vaqueiros de Capitão Enéas também receberam as instruções do curso do Senar nos últimos dias, quando o veterinário Júlio Pereira Gonçalves, informava que entre as principais vantagens de uma monta natural a campo, estão o acasalamento natural, a economia de mão de obra e bom aproveitamento de cios. E as suas principais desvantagens são os riscos de acidentes com touros e diminuição de sua vida útil, dificuldades para anotar as coberturas e favorecimento para transmissão de doenças da reprodução.

Em relação às vantagens da inseminação artificial, o veterinário explicou que estão: a redução de acidentes com o touro, controle na transmissão de doenças, na reprodução e valorização do rebanho. Mas o produtor vai ter gastos com reabastecimentos de nitrogênio, vai precisar manter mão de obra especializada e assistência veterinária permanente.(V.E e Senar)

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