Antes do feriado do Natal e do Réveillon, o passageiro terá um novo espaço no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. A construção do Terminal 2, que será integrado ao de número 1, está em pleno vapor e ficará pronta até a segunda quinzena de dezembro deste ano. Diferentemente do que se vê nos canteiros de obras do setor produtivo país afora, a obra já está com aproximadamente 75% do total concluída. Quando entregue, a capacidade do aeroporto saltará para 22 milhões de passageiros/ano, quase o dobro da atual.
Segundo Paulo Rangel, diretor presidente da BH Airport, concessionária que administra Confins juntamente com a Zurich Airport e Grupo CCR, a obra é o principal projeto a curto prazo. “Até o final do ano teremos investidos R$ 750 milhões no Terminal 2”, diz.
Com uma área construída de 49 mil metros quadrados, divididos em três pavimentos e acesso em dois níveis, o terminal contará com novas áreas de desembarques doméstico e internacional. Assim, o Terminal 3, que ganhou o apelido de “puxadinho”, e hoje recebe exclusivamente passageiros com rotas para fora do país, será desativado. A obra custou aos cofres públicos mais de R$ 26 milhões.
1,3 mil empregados trabalham atualmente na construção do terminal 2
“Ainda estamos estudando uma destinação para o Terminal 3. Pode ser que sirva como local de apoio para as empresas que fazem o transporte das bagagens, centro de treinamento ou até mesmo aviação executiva. Mas isso ainda está em estudo”, informou Rangel.
Terminal 2
Segundo o presidente da BH Airport, serão 17 pontes de embarque, sendo três exclusivas para operações internacionais. Quatro delas serão duplas, com possibilidade de ter gente embarcando em um voo e desembarcando de uma outra aeronave simultaneamente. O local terá ainda seis esteiras rolantes para passageiros, nove escadas rolantes, 18 elevadores e 1,8 mil vagas de estacionamento adicionais.
Mas o acréscimo de vagas não vai significar preço mais em conta para o usuário. “O valor não vai diminuir. Até porque está até devassado em relação a outros estacionamentos”, afirma. A hora em Confins custa a partir de R$ 10.
Para Rangel, toda essa estrutura ajudará a trazer novas rotas internacionais para Belo Horizonte. No entanto, Confins irá perder neste mês a conexão direta com Buenos Aires, com a saída da Aerolíneas Argentinas.
De janeiro a julho deste ano, o aeroporto amarga uma queda de 15% no número de passageiros. “Mas o pior já passou. Nos meses de abril, maio e junho chegamos a ter uma perda de 20%. Mas esperamos uma recuperação no segundo semestre de 2017. Nunca pensamos em prejuízo”, reitera ele.