Ao final do terceiro dia do julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro afirmou que não acredita nas hipóteses levantadas pela defesa do réu que houve falha no inquérito policial que resultou das investigações a morte de Eliza Samudio e também que aponta as ligações telefônicas trocadas entre os envolvidos.
Segundo o representante do Ministério Público Estadual (MPE), o próprio advogado Ércio Quaresma tentou tumultuar as investigações do caso quando era defensor da maioria dos réus. "Houve várias intervenções da defesa desde o início das investigações para tentar inviabilizá-las", afirmou.
Além disso, Quaresma protagonizou algumas situações polêmicas envolvendo alguns dos acusados de participação no crime. Conforme o promotor, o advogado orientou que a ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, Dayanne Rodrigues, redigisse uma carta em que ela afirmava ter sido obrigada pela delegada Ana Maria dos Santos
a mentir sobre os fatos, o que motivou uma ação de denunciação caluniosa contra a ré.
Ainda segundo Henry Wagner, Quaresma também teria recomendado que três dos réus, sendo eles Flávio Araújo, Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Souza, se ocultassem em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para não serem presos.
O representante do MP disse ainda que se a defesa de "Bola" tiver encontrado qualquer falha no inquérito terá que provar à Promotoria de Justiça e aos jurados que formam o Conselho de Sentença.