O torcedor do Atlético pediu Pierre em 2011, aprendeu a venerar Leandro Donizete em 2013 e esperava um volante com boa saída de bola nesta temporada. Rafael Carioca chegou em agosto com a missão, mas a adaptação ao elenco e a recuperação de lesão grave adiou uma grande partida dele para novembro.
Na goleada diante do Flamengo, por 4 a 0, o meia foi a peça diferente de um esquema ideal na cabeça de Levir Culpi. Os mesmos 11 jogadores que estiveram no campo do Horto, na última quarta-feira, serão escalados contra o Cruzeiro. Isso se nenhum acidente de percurso ocorrer até a decisão da Copa Brasil.
Maicosuel e Guilherme são baixas. O último, inclusive, tenta correr contra o tempo para ser relacionado na final, algo bastante complicado.
O principal trunfo de Rafael Carioca para agarrar a vaga de titular é a calmaria. Ou seja, bola no pé dele significa tranquilidade na transição do jogo da defesa para o ataque. “O clássico contra o Cruzeiro é um jogo à parte, falado 24 horas em BH, nas ruas. O que eu posso acrescentar é o que fiz contra o Flamengo, demonstrar tranquilidade com a posse de bola”, avalia.
Mesmo sacando o esquema ofensivo de quatro armadores e um atacante, Levir manteve o ataque fluindo como música clássica. Rafael se posiciona mais atrás em relação à disposição tática que Dátolo tinha quando era apenas mais um volante. Contudo, há maior liberdade para Douglas Santos atacar. O camisa 94 acertou a trave do Flamengo e sofreu pênalti.
Para Levir, o time que enfrentou o Flamengo apresentou um futebol de encher os olhos. Joga para atacar, sempre abusando de jogadas coletivas, com passes rápidos e plasticidade. “O toque de bola está rápido, sempre buscando o gol. A equipe que joga desta maneira merece o resultado. É legal ter um time que joga para vencer. Temos feito boa campanha no segundo turno e estamos perto de conquistar a Copa do Brasil”, disse Levir, após a goleada.
RESERVAS NO RS
Nessa quinta-feira (20), na Cidade do Galo, Levir apenas observou o treinamento entre juniores e reservas, no campo principal. Ele deve preservar todos os jogadores diante do Internacional, sábado, em Porto Alegre, escalando Giovanni, Alex Silva, Tiago, Edcarlos e Pedro Botelho; Pierre, Josué e Eduardo; Paulinho, Marion e Dodô.