RIO DE JANEIRO - O PSD do Rio decidiu abrir mão nesta quarta-feira (29) da pré-candidatura ao governo do Estado e indicou que apoiará o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) para a sucessão de Sérgio Cabral (PMDB). 

 

O convite ao presidente do diretório regional, Índio da Costa, para ocupar a Secretaria do Ambiente ainda não teve resposta definitiva. Deputados da sigla se reuniram na sede do partido para decidir sobre o convite. O PSD herdaria a pasta atualmente comandada pelo PT, que sairá do governo até sexta-feira (31). 

 

De acordo com Índio, será elaborada uma carta com propostas para o governador. Caso ela seja aceita, o PSD assumirá a secretaria. 

 

O partido também indicou que apoiará Pezão, caso as propostas sejam aceitas. Índio havia dito há duas semanas que planejava se candidatar. 

 

"Em nome da unidade partidária, eu retiro minha pré-candidatura ao governo. O Rio avançou muito e não pode retroceder. Ninguém quer deixar o Rio nas mãos de populistas de esquerda ou de direita", disse Índio, em recado indireto a Lindbergh Farias (PT) e Anthony Garotinho (PR), principais adversários de Pezão. 

 

O PSD já está a frente da Secretaria de Agricultura, com Christino Áureo. Mas a direção do PSD-RJ diz que a vaga não é da cota da sigla, porque ele foi nomeado quando estava no PMN. O secretário está na pasta desde o governo Rosinha Garotinho.

 

Cabral decidiu abrir espaço no governo estadual para adversários da presidente Dilma Rousseff. A iniciativa é uma forma de mostrar que o PMDB no Rio não se acanhará em obter o apoio de adversários do PT, após a saída do partido no governo. 

 

Índio afirmou que ainda não há orientação sobre como atuar na eleição presidencial, mas disse que apoiará e trabalhará em favor da futura candidatura do senador Aécio Neves. O PSD nacional já declarou apoio à reeleição da presidente Dilma. 

 

"Grande parte do partido aqui no Rio vê com bons olhos a candidatura do senador Aécio Neves", disse.