PT começa a negociar a base de apoio a Pimentel na Assembleia

Bruno Porto - Hoje em Dia
06/10/2014 às 08:39.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:29

(Agência Brasil)

Após vencerem a disputa pelo governo de Minas Gerais com Fernando Pimentel (PT), os líderes do PT começam a articular a base de apoio na Assembleia Legislativa. Para o presidente estadual da legenda, Odair Cunha (PT), o partido tem segurança de que terá maioria.

“Ainda estamos fazendo as contas, mas temos conclusão certa de que teremos, com os parlamentares de nossa coligação eleitos, somados aos de outras que já indicaram o desejo de participar da base, maioria no legislativo. Uma maioria sólida, suficiente”, disse Cunha.

A coligação PT, PRB, PMDB e PROS, que será base do governo, elegeu 22 deputados estaduais. O bloco oposicionista, integrado por PSDB, DEM, PPS e PP conseguiu 21 cadeiras no legislativo. O PT tentará agora angariar o apoio de outros partidos, como aliados já tradicionais do PC do B, que elegeu três parlamentares e PR, que na esfera federal é aliado dos petistas e terá quatro assentos na Assembleia.
O presidente do PT em Minas Gerais comemorou o resultado das urnas e observou que a transição do governo tucano, há 12 anos no poder, para o PT, deverá ocorrer sem turbulências.

Do lado dos derrotados, a campanha tucana pensa agora apenas no cenário de disputa presidencial e minimiza o desempenho do candidato Pimenta da Veiga e os impactos na corrida pelo Planalto.

“O resultado para governador em Minas, apesar da derrota, pode acabar sendo bom para Aécio Neves na disputa para a presidência. A população terá agora um sentimento maior de mineiridade e, acredito, vai repensar o voto e escolher Aécio”, afirmou o coordenador-geral da campanha de Pimenta da Veiga (PSDB), Danilo de Castro.

Para ele, no cenário que se desenha para o segundo turno das eleições presidenciais, Aécio Neves sai em vantagem e não prevê focar a campanha em nenhuma região específica, mesmo após o resultado negativo em âmbito estadual, onde além da derrota do candidato tucano, Aécio também perdeu para Dilma Rousseff (PT) por 43,5% a 39,7%, ou pouco mais de 415 mil votos.

“Aécio foi o grande vencedor do primeiro turno, e entra no segundo em situação ascendente. No caso das alianças, mesmo que não haja apoio formal do PSB, muitos líderes do partido já nos sinalizaram apoio”, disse.

O presidente do PSB em Minas, deputado Júlio Delgado, disse que o fraco desempenho do candidato Tarcísio Delgado (PSB) se deve a dificuldades financeiras. Sobre alianças tanto na Assembleia como na disputa pelo segundo turno, ele disse que ainda vai depender de conversar com os novos eleitos.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por