PTN cobra taxa para lançar candidato e não registra no TRE

Amália Goulart - Do Hoje em Dia
02/08/2012 às 08:14.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:02
 (LUIZ COSTA/JORNAL HOJE EM DIA)

(LUIZ COSTA/JORNAL HOJE EM DIA)

Candidatos a vereador pelo PTN, partido cujo presidente municipal é o “ficha suja” Wellington Magalhães, acusam a legenda de cobrar taxa para registrar a candidatura e ainda fraudar a ata da convenção partidária. De acordo com o candidato Leonardo Mogol, os aspirantes ao cargo de vereador de Belo Horizonte foram anunciados durante convenção, ocorrida no dia 10 de junho deste ano.

“Na convenção fui anunciado candidato a vereador. Fui chamado nominalmente. Levei minha família e meus amigos”, contou. Na ocasião, uma pessoa indicada pelo partido passou a recolher R$ 120 de cada candidato a título de contribuição para pagar um despachante. “Disseram que era para providenciar a documentação dos candidatos”, afirmou. “Tinha uma lista com o nome de todo mundo que pagou”, completou.

A convenção optou por coligação proporcional com o PP. Mas as formalidades não foram colocadas no papel, de acordo com o candidato. “Acabou a convenção sem lavrar ata de reunião, não se colheu assinaturas, não houve debates, nada! Parecia um circo montado em torno do nome do presidente municipal do PTN”, acusou.

Demetrius Martins também disse que foi anunciado candidato a vereador. Fazia parte da chapa do PTN referendada na convenção. Mas, para surpresa de Demetrius e Leonardo eles não foram oficializados. “Existem outras pessoas na mesma situação”, garantiu Leonardo.

Segundo ele, a ata foi fraudada e uma nova chapa montada, em julho, por Wellington Magalhães com assinatura retroativa ao dia da convenção. “Cheguei a pagar R$ 40. Não me devolveram o dinheiro. Não gostei do partido. É uma palhaçada”, afirmou Demetrius. Ele contou que a taxa de R$ 120 podia ser dividida.

O PTN registrou 63 candidatos a vereador. Leonardo apresentou o pedido de registro avulso. O caso foi parar no Tribunal Regional Eleitoral que, segundo a assessoria, não pode se manifestar até o julgamento.

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