Arrolado como testemunha de defesa no julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", o deputado estadual Durval Ângelo falou sobre as denúncias que chegaram até a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sobre os crimes envolvendo policiais do Grupo de Resposta Especial (GRE) da Polícia Civil. O objetivo do advgado de "Bola", Ércio Quaresma, é tentar provar para os jurados que seu cliente não tem qualquer envolvimento com o assassinato de Paulo César Ferreira e Marildo Dias de Moura em maio de 2008. No entanto, não foi bem isso que disse o deputado Durval Ângelo em seu depoimento na tarde desta terça-feira (23) no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Leia mais sobre o depoimento de Durval Ângelo:
• Durval Ângelo diz que o goleiro Bruno denunciou tentativa de suborno do delegado Edson Moreira Conforme o parlamentar, pelo menos quatro audiências públicas foram realizadas sobre o GRE à época dos crimes. A primeira denúncia que chegou à Assembleia foi por um homem que pediu sigilo, mas acabou tendo sua identidade revelada em redes sociais na internet. Durval Ângelo disse ainda que este informante falou apenas nos nomes dos policiais Anderson, Vanderli e Gilson, mas o nome de "Bola" chegou até a Comisão em denúncias posteriores. Ainda de acordo com o rapaz que fez a primeira denúncia sobre o duplo homicídio, três policiais abordaram as vítimas nas imediações do sítio onde os policiais do GRE eram treinados. Ele relatou que as vítimas fora presas prenderam em um camburão e levadas para o sítio, onde foram barbaramente torturados. Depois, os policiais teriam soltado cães sobre os homens, que tiveram os corpos dilacerados. Após o crime, os restos mortais foram colocados dentro de pneus e foram queimados, em um crime conhecido como microondas. As denúncias foram levadas à Polícia Civil, e segundo o parlamentar, "Bola" conhecido também como "Paulista", foi indiciado por integrar um grupo de extermínio compostos por policiais do GRE. Porém, ao ser questionado por Quaresma sobre um laudo do Corpo de Bombeiros realizado na casa do ex-policial, o deputado confirmou que o documento não encontrou nenhum vestígio do DNA das vítimas do duplo homicídio.
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