Relatório final da CPMI do Cachoeira pode ser lido nesta quinta

Agência Câmara
Publicado em 22/11/2012 às 08:41.Atualizado em 21/11/2021 às 18:30.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar o esquema criminoso de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, se reúne nesta quinta-feira (22) no Senado, para a leitura do relatório final apresentado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG).

A leitura estava prevista para ontem, mas foi adiada após parlamentares reclamarem que não tiveram tempo de ler o texto, com mais de 5.100 páginas. O relatório acusa 46 pessoas de terem ligação direta com o esquema ilegal de Cachoeira e pede o indiciamento de 34 agentes privados e a responsabilização de 12 agentes públicos com foro privilegiado.

Entre os que tiveram pedido de indiciamento, estão o próprio contraventor, por 8 crimes (peculato, advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção ativa, fraude a licitações, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e responsabilização pela Lei de Improbidade Administrativa); o empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da Construtora Delta, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha; e cinco jornalistas, por envolvimento com a quadrilha: Policarpo Júnior; Wagner Relâmpago; Patrícia Moraes; João Unes; e Carlos Antonio Nogueira.

Já entre os políticos responsabilidados estão:
- o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), por 7 crimes (quadrilha, corrupção passiva, tráfico de influência, falso testemunho, lavagem de dinheiro, crime contra Lei de Licitações, e advocacia administrativa, que é o uso indevido das facilidades do cargo ou das funções que ocupa);
- o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), por 4 crimes (corrupção passiva, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa);
- o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), por 6 crimes (formação de quadrilha, corrupção passiva, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e lavagem de dinheiro);
- o senador cassado Demóstenes Torres por 5 crimes (quadrilha, corrupção passiva, peculato, advocacia administrativa e improbidade administrativa). O texto também solicita a exoneração de Demóstenes do Ministério Público de Goiás.

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