Restaurante onde botijão explodiu estava sem alvará

Ricardo Brandt
05/02/2013 às 20:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:45

Uma explosão em um restaurante, no centro de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo, deixou quatro pessoas feridas, na manhã desta terça-feira. Um botijão de gás do estabelecimento explodiu no momento em que era feita troca. O estabelecimento estava com o alvará na prefeitura vencido desde 2009.

Com a explosão, uma parede interna da lanchonete foi derrubada, as portas e janelas de vidro quebraram. O incidente ocorreu por volta das 9h30. Os comerciantes do entorno da lanchonete chegaram a fechar as portas dos estabelecimentos por causa do forte cheiro de gás.

O proprietário da representante do gás e duas filhas e o dono do restaurante Água Viva sofreram ferimentos e queimaduras. Ninguém morreu. O técnico Sebastião Teixeira, de 49 anos, sua filha Samara Teixeira, de 20 anos, e o dono do restaurante, Roque dos Santos, de 45 anos, estão internados na Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Mogi Guaçu. Eles tiveram mais de 40% do corpo queimado na explosão e queimaduras internas. A outra filha, Débora Teixeira, de 25 anos, teve ferimentos leves e já teve alta.

No momento da explosão, funcionários relataram que Sebastião fazia a troca de um botijão de 45 litros de GLP no fundo do restaurante, do lado de fora da cozinha. A auxiliar de cozinha Manuela Ramalho, que trabalha na lanchonete ,disse que ouviu batidas no botijão. "Quando ele foi colocar o gás lá no fundo, houve um vazamento. Parece que ele ficou nervoso e começou a bater no gás. O vazamento começou devagar e foi aumentando, ficou um cheiro de gás em todo restaurante", conta Manuela.

Santos havia comprado o estabelecimento recentemente, segundo informaram os vizinhos. O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Luís Henrique Cardoso, disse que o restaurante ficará interditado até apresentação de projeto regularizando sua situação e comprovando que a explosão não afetou a estrutura da construção.

O antigo dono do restaurante havia pedido a regularização do imóvel em junho de 2009. Uma vistoria da prefeitura constatou a existência de um anexo não documentado e pediu adequação do projeto. Entre os pedidos, um novo laudo do Corpo de Bombeiros. O processo, posteriormente, foi arquivado. Nenhum parente ou advogado do dono foi encontrado pela reportagem para comentar o caso.
http://www.estadao.com.br

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