Restaurantes ao redor do Mineirão não conseguem suprir demanda de público

Wallace Graciano - Hoje em Dia
26/06/2013 às 14:12.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:29

(Wallace Graciano)

A paciência foi uma virtude necessária para quem chegou cedo ao Mineirão nesta quarta-feira (26). Como muitos torcedores resolveram “driblar” as manifestações e esperar o duelo entre Brasil e Uruguai nas proximidades do local, os estabelecimentos da região não conseguiram suportar a demanda e grandes filas foram formadas desde as 11 horas.    O médico Fernando Ferrer, de 50 anos, foi um dos que se mostrou incomodado com a situação. Ao lado de seu filho, Henrique Ferrer, de 14 anos, ele chegou cedo ao Gigante da Pampulha para evitar transtornos. Porém, teve de amargar 40 minutos em pé na fila que dava acesso a um restaurante próximo ao estádio. Apesar da ampliação visando o Mundial, o estabelecimento comportava somente 250 pessoas em suas dependências.   “Cheguei cinco horas antes do jogo para evitar confusão. Estamos passando fome e não temos lugar de comer, já que muita gente teve a mesma ideia e os restaurantes não conseguem suportar. O que resta é esperar fila”, diz o médico, que ainda brinca afirmando que sentiu falta dos ambulantes.   Quem tentou se aventurar em uma churrascaria quase próxima ao estádio, também teve de abusar da tranquilidade. Um dos seguranças do local afirmou que tudo tem sido feito para fazer com que o público entre e se sinta confortável, mas a casa comporta 450 pessoas, número inferior à demanda.    Os que não conseguiram enfrentar as longas filas por muito tempo, se buscaram quiosques de uma cervejaria que vendiam churrasquinhos e salgados a R$ 5, além de bebidas alcoólicas e refrigerantes pelo mesmo preço.   Filas pequenas e tropeiro no Mineirão   Se do lado de fora as filas eram um transtorno, na esplanada do Mineirão o torcedor conseguiu se alimentar com tranquilidade. Vários quiosques foram distribuídos no local, sendo que um deles contava ainda com o famoso “tropeirão”.   Os primos Mateus e Pedro Bizzotto, de 20 e 15 anos, respectivamente, não perderam a oportunidade de apreciar a iguaria da culinária mineira. “O tropeiro é tradição. No início do ano, na reabertura, compramos um que não era aquele de outros tempos. Felizmente voltou ao normal, com ovo, couve, lombo e feijão tropeiro”, diz Mateus, confesso admirador do prato.   Além do feijão tropeiro, era possível encontrar salgados, chocolates e cachorros-quentes nos quiosques próximos. Mas para a auxiliar administrativa Raquel Borges, de 20 anos, não “valia a pena”. Segundo ela, o preço dos quitutes era “salgado demais”. 

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