Quem vai viajar de carro durante as férias escolares não pode esquecer de uma última tarefa: a revisão preventiva do veículo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as falhas mecânicas ocupam a quarta posição no ranking das oito principais causas de acidentes nas rodovias do país. Por isso, para não ficar parado no meio do caminho e estragar o passeio, ou correr o risco de uma tragédia ainda pior, o melhor mesmo é se precaver.

Segundo o engenheiro mecânico Túlio Rabelo, responsável técnico pelo Centro Automotivo Irmãos Rabelo, a revisão tem a finalidade de verificar se há algum problema e evitar uma consequência mais séria. 

“Muitos acreditam que vale a pena esperar até uma peça dar problema para consertá-la, crendo assim estar economizando, por achar que ela pode render até o final. Isso é uma questão bastante controversa. Uma peça que não está em seu pleno funcionamento significa que pode colocar em risco o funcionamento de outros componentes, podendo levar o veículo à inoperância, além do risco de acidentes. Um custo maior, que se tivesse cuidado preventivamente, poderia ter sido evitado”, explica Rabelo, que aconselha a nunca ser negligente com a manutenção do carro.

O que deve ser checado

Alguns itens que devem ser checados são os freios (pastilhas, discos, tambor, lonas, nível e condições do fluido), sistema de suspensão (buchas, pivôs, amortecedores, molas, batentes e coifas), sistema de refrigeração e lubrificação do motor (quilometragem e nível do óleo, nível do reservatório do líquido de arrefecimento), estado de conservação dos pneus e balanceamento, lâmpadas do carro, reservatório da água do limpador do para-brisa, coifas dos semi-eixos, terminais de direção e alinhamento. 

“Sempre que for trocar o óleo e filtro, peça ao mecânico que dê uma olhada nos demais itens. Salvo alinhamento e balanceamento, as vistorias são simples e não devem ser cobradas pelo mecânico, uma vez que o veículo provavelmente estará em um elevador. Essa conferência pode antever problemas maiores. Assim, se algum desses itens não estiver em conformidade, resolva-o, mesmo que gaste além do previsto”, reforça o especialista.

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De acordo com Túlio Rabelo, a manutenção correta contribui para prolongar a vida útil dos componentes do veículo, e deixar de fazê-la pode significar gastos extras. Isto porque a revisão corretiva deve ser evitada ao máximo. Ela nada mais é que o conserto de problemas que poderiam ter sido evitados na revisão preventiva. Tende a ficar bem mais cara para o proprietário, porque uma peça danificada pode afetar várias outras sadias. 

“Um exemplo disso é a correia dentada, que custa em média R$ 100 em alguns veículos, mas, caso ela rompa, o prejuízo pode passar de R$ 9 mil, além do tempo que o veículo irá ficar parado. Outro exemplo é a troca do óleo do motor. Se trocado fora do período certo, seja com quilometragem ou por tempo vencidos, pode causar um problema irreversível ao motor”, destaca.

No caso da correia dentada, óleo e outros componentes, basta seguir a quilometragem ou data estipulados pelo fabricante para nova revisão e troca. Mas nem todos componentes são assim. As pastilhas de freio, por exemplo, não têm substituição programada porque duram de acordo com a forma com que são usadas. Quando finalizadas e não trocadas, podem danificar o disco, o que acarreta substituição ou reparo do mesmo. Perda de tempo e dinheiro.

Outro exemplo semelhante é o conjunto de embreagem. Com desgaste similar às pastilhas de freio (desgaste por fricção), podem durar 20 mil km ou 200 mil km. Apenas na maneira de dirigir. Por isso a grande importância de, em hipótese nenhuma, pegar a estrada sem antes conferir se o carro está com todas as funções normais. Procure um centro automotivo especializado em diagnóstico preciso e procure se informar mais. Seu carro e seu bolso agradecem.

SERVIÇO:
Centro Automotivo Irmãos Rabelo