O processo de impeachment de Dilma Rousseff está na capa de todos os semanários brasileiros. “Veja” e “Época” tomam caminhos parecidos. Enquanto a primeira fala em “último capítulo do governo Dilma”, focando nos políticos que abandonaram a situação, a segunda diz que a presidente já é carta fora do baralho do jogo político de Brasília.
Em sua capa, a “Carta Capital” coloca o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como um mordomo de um poderoso Michel Temer, por meio de uma montagem. Diferente dos outros semanários, o foco não está na presidente, mas nos articuladores do impeachment.
A “Isto É” preferiu um caminho panfletário. Estampou na capa um texto com o título de “Não vai ser golpe”, dizendo que isso acontece “na mais grave crise moral, política e econômica da história” – sem lembrar de outros momentos muito críticos, como o processo de impeachment de Fernando Collor, em 1992, ou a derrubada de João Goulart, em 1964.