Ribeirão Preto teme por falta de abastecimento de água

Rene Moreira
04/09/2012 às 18:00.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:01

O consumo de água em Ribeirão Preto (SP) cresce desde agosto por causa da seca e a cidade já teme problemas no abastecimento. Os sinais da seca podem ser sentidos na umidade relativa do ar que nos últimos dias ficou abaixo de 20%. A Companhia de Tecnologia de Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) proibiu a queima da palha da cana até mesmo no período noturno - quando nesta época é permitida.

A proibição passou a valer nesta semana em que a umidade do ar chegou a bater na casa dos 15%, índice de deserto e o mais baixo do ano. A temperatura também tem batido recordes para o período e já passou dos 38ºC. A temperatura máxima este ano, de pouco mais de 40ºC, foi registrada em fevereiro.

O objetivo de se proibir a queima é para evitar que a população seja prejudicada, inclusive, com problemas respiratórios ocasionados pela fumaça. A proibição continuará valendo no período do dia e somente será liberada à noite caso a umidade do ar passe dos 20%. A usina ou propriedade que descumprir a medida pode ser multada em até R$ 13 mil.

Na região não chove há quase 50 dias. Se não bastassem as queimadas, a falta de água já é uma ameaça em Ribeirão Preto e outros municípios próximos. Mesmo porque não há previsão de chuva para os próximos dias e os rios e reservatórios estão cada vez mais baixos. Em Franca, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) anunciou que deve haver um racionamento em razão do aumento do consumo em contraste com a queda na produção de água.

De acordo com o diretor regional da Sabesp em Franca, Rui Engrácia, diante da perspectiva de racionamento, o planejamento inicial prevê que até 20 mil imóveis devem ficar todos os dias durante oito horas com as torneiras sem água. Franca, que tem um histórico de problemas de abastecimento, iniciou nesta semana uma obra orçada em mais de R$ 160 milhões para buscar a água de um rio a quase 30 quilômetros de distância. Mas esse novo sistema deve levar alguns anos para ficar pronto.

Se em Franca ainda vai começar o racionamento, a falta de água em alguns bairros de Ribeirão Preto já tem sido realidade há alguns dias. Também em cidades menores da região, como Altinópolis e Viradouro, a situação está cada vez mais crítica e as torneiras já começam a secar em determinados horários.
http://www.estadao.com.br

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