Rio se prepara para mais protesto e confronto hoje

Heloisa Aruth Sturm e Marcelo Gomes
25/07/2013 às 10:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:22

A expectativa é de novo confronto na noite desta quinta-feira, 25, no Rio, quando manifestantes se reunirão em um protesto nas imediações da residência do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, zona sul do Rio.

Organizado pelo grupo "Fiscalização Popular do Governo do Rio de Janeiro", o ato está previsto para começar às 16 horas e vai pedir a desmilitarização da polícia e a revisão das licitações em vigência no Estado, entre outras reivindicações. Eles também pedem explicações do governo quanto à possível participação de policiais no incitamento à violência durante a última manifestação ocorrida na cidade, no dia 22.

O grupo Black Bloc participará do evento, organizando a "missa de sétimo dia dos manequins da Toulon", loja depredada em protesto no dia 17.
Este será o sétimo protesto perto da casa do governador desde que eclodiram as manifestações, em junho. Nos dois últimos, nos dias 4 e 17 deste mês, houve confronto entre policiais e manifestantes, com pelo menos cinco feridos e 20 detidos. Foram registrados atos de vandalismo e depredação, e a polícia utilizou spray de pimenta, bombas de efeito moral e um caminhão com jato d’água contra manifestantes.

Infiltrado

Agentes da Coordenadoria de Inteligência (CI) da Polícia Militar do Rio estão analisando todas as imagens gravadas durante o protesto da última segunda-feira, 22, nas imediações do Palácio Guanabara, que terminou em confusão após a cerimônia de recepção ao papa Francisco na sede do governo do Estado. O objetivo é identificar quem jogou o primeiro coquetel molotov contra a barreira de policiais, a fim de esclarecer boatos que circulam nas redes sociais de que o manifestante seria um policial militar infiltrado. Na ocasião, dois PMs foram atingidos por um dos artefatos lançados, e ficaram com queimaduras pelo corpo.

Policiais lotados na CI contaram ontem ao Estado que a identificação do manifestante tornou-se a prioridade do setor neste momento. O sentimento é que a corporação tem sido acusada injustamente de iniciar os confrontos e está perdendo a "guerra virtual" travada nas redes sociais para grupos que organizam as manifestações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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