A Samarco recusou proposta feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Minas Gerais de não demitir funcionários no período entre 5 de novembro, data do rompimento da barragem da empresa em Mariana, e 180 dias depois do retorno das atividades da mineradora. Com a queda da represa, a Samarco teve a licença de operação embargada por prazo indeterminado.
Em contraproposta, feita em reunião entre procuradores e representantes da empresa na sexta-feira, 27, a mineradora disse que poderia garantir a estabilidade dos trabalhadores até 31 de janeiro. Para tentar chegar a um acordo, outra audiência foi marcada no Ministério Público do Trabalho, para a próxima sexta-feira, 4.
"Vamos aguardar uma reunião que será realizada pelo MPT no Espírito Santo para que possamos avançar juntos na negociação de um termo de ajuste de conduta que contemple os prejudicados nos dois Estados", explicou o procurador do Trabalho Geraldo Emediato de Souza.
Na audiência de sexta, conforme informações do MPT em Minas, a advogada da Samarco, Carine Murta Cabral, frisou os termos do compromisso: "a empresa se compromete a não realizar dispensa em massa de seus empregados e nem a dar causa para a dispensa em massa dos prestadores de serviços, cujas atividades faziam parte da rotina operacional na data do acidente".
A Samarco, ainda conforme o MPT, se comprometeu a realizar novas negociações depois de 31 de janeiro e ainda afirmou que, antes dessa reunião, nenhum desligamento seria feito.