O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, acatará a decisão da procuradoria-geral de cassar o mandato do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, e torná-lo inelegível por 15 anos, antecipou nesta terça-feira o ministro da Justiça Alfonso Gómez Méndez.
"Isto está claríssimo. Diante de uma decisão executada pela procuradoria-geral, o presidente não tem alternativa a não ser cumpri-la, esteja ou não de acordo. É o que diz a constituição", disse Gómez Méndez em entrevista à rádio Caracol.
Santos tem pelo menos dez dias para emitir um decreto que valide a destituição do prefeito bogotano, caso não seja apresentada nenhuma contestação perante a justiça local ou internacional.
Enquanto isso, não acontece, Gustavo Petro segue na prefeitura de Bogotá.
Ontem, a procuradoria-geral colombiana ratificou a destituição de Gustavo Petro. O procurador-geral Alejandro Ordóñez também proibiu Petro de ocupar cargos públicos durante 15 anos.
Ex-senador de 53 anos de idade, Petro militou no grupo guerrilheiro agora pacificado Movimento 19 de Abril (M-19).
Ordóñez já havia decidido pelas punições em 9 de dezembro, mas Petro recorreu. Segundo o procurador-geral, o prefeito bogotano cometeu "falta gravíssima" ao mudar por decreto o sistema de coleta de lixo na capital colombiana em dezembro de 2012 em uma tentativa de fazer frente à "máfia do lixo" local.
Segundo a procuradoria-geral, Petro violou os princípios constitucionais "livre empreendimento" e "concorrência".
O cargo de prefeito de Bogotá é a segunda função eletiva mais importante da Colômbia, abaixo somente da Presidência da República. Fonte: Associated Press.