A duas semanas do primeiro turno das eleições municipais, o repasse de recursos do governo federal para a construção de unidades de pronto atendimento (UPA) em Belo Horizonte abre nova polêmica entre os dois principais candidatos, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e Patrus Ananias (PT).

Enquanto o petista acusa Marcio de “descaso com os mais pobres” e “tímido” na execução dos investimentos do governo federal, o socialista responde que as obras estão em andamento e não havia a “necessidade” de construir as unidades antes de 2008.

“Foram liberados recursos para a implantação das UPAs. Os recursos não foram utilizados, sequer definidos os terrenos. Isso mostra o descaso com a população, principalmente com os mais pobres. Por isso a saúde em BH está muito ruim e é a nossa principal prioridade”, disse Patrus durante carreata pelo bairro Paulo VI, região Nordeste da capital.

Plano de governo

Marcio rebateu as críticas dizendo que o plano estabelecido para saúde foi cumprido. “O nosso antigo colega de governo, o Helvécio Magalhães, liderou nosso plano de governo na área da saúde, quando ele era secretário municipal em 2008. Esse plano foi cumprido, só que ele não previa UPAs”, explicou, durante visita a uma igreja evangélica no bairro Dona Clara, na Pampulha.

O petista pretende utilizar o fato na propaganda eleitoral. “É importante esclarecer a população. É preciso ficar claro que são dois projetos: um tecnocrático, privatista, que não prioriza as políticas sociais, e o nosso, comprometido com o bem público”.

Para Marcio, as críticas de Patrus são infundadas. “Isso revela um certo desespero de final de campanha em que as pesquisa indicam que a nossa vitória está bem encaminhada”.

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