A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) realiza esta semana uma série de reuniões para tratar do uso de técnicas nucleares para o controle do Aedes aegypti. Os encontros são em Brasília e envolvem especialistas de diversos países, além de técnicos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A meta é desenvolver um roteiro para o controle da população do mosquito na América Latina e no Caribe a curto e médio prazo.
Uma das estratégias a serem apresentadas envolve a adoção da chamada Técnica do Inseto Estéril, um tipo de controle de peste que utiliza radiação ionizante para esterilizar insetos machos, produzidos em larga escala em instalações especiais. Segundo a Aiea, a medida tem sido utilizada com sucesso em todo o mundo há mais de 50 anos para o controle de diversos insetos que comprometem a agricultura.
Emergência
“O vírus Zika foi identificado em 26 países e territórios das Américas. Existem indicadores de uma ligação entre a infecção durante a gravidez e uma desordem neurológica conhecida como microcefalia em bebês. A Organização Mundial da Saúde, no início do mês, declarou emergência em saúde pública de interesse internacional por causa do Zika”, informou, por meio de nota, a Aiea, que é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com a entidade, já foi elaborado um projeto de cooperação técnica regional que prevê a adoção, em países da América Latina e Caribe atingidos pela epidemia, da Técnica do Inseto Estéril. O plano, de custo estimado em 2,28 milhões de euros, será submetido à aprovação do conselho-diretor da Aiea em seu próximo encontro, previsto para Viena entre os dias 7 e 11 de março.