A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta quinta-feira (22), a venda do medicamento Lagevrio (molnupiravir), utilizado no tratamento da Covid-19, em farmácias e hospitais particulares do Brasil. A decisão autoriza o fornecimento do medicamento com rótulo em inglês, mas atrelado à entrega de bula e folheto informativo em português com informações sobre gravidez e lactação.
Os pacientes também poderão acessar a bula em português no site da MSD Brasil, por meio de código QR disponível no rótulo do produto, que direcionará para o site global da empresa.
Segundo a Anvisa, a venda em farmácias deve ser realizada com retenção de receita. O estabelecimento ficará com uma via da Receita de Controle Especial, com entrega do produto pelo farmacêutico, que deverá orientar o paciente sobre o uso correto do remédio.
“A aprovação levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido. A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”, informou a Vigilância Sanitária em seu site.
Sobre o medicamento
O Lagevrio (molnupiravir) teve seu uso emergencial contra a Covid-19 aprovado no Brasil em 4 de maio deste ano. É indicado para o tratamento de adultos com sintomas leves a moderados e com risco de progressão para o quadro grave, incluindo risco de hospitalização ou morte.
O remédio é vendido em cápsulas opacas de cor laranja, na concentração de 200 mg de molnupiravir, com uso de até 800 mg (quatro cápsulas) por via oral a cada 12 horas durante cinco dias, com ou sem alimentos. As cápsulas têm o logotipo corporativo e “82” impresso em tinta branca.
“O medicamento deve ser administrado assim que possível, após o resultado positivo do teste diagnóstico para o SARS-CoV-2 e avaliação médica, e no prazo de cinco dias após o início dos sintomas”, orientou a agência.
O Lagevrio não está autorizado para tratamento de pacientes com menos de 18 anos ou que já estejam hospitalizados com Covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré-exposição ou pós-exposição à doença. O medicamento deve ser usado por mais de cinco dias consecutivos.
Ele pode causar danos ao feto e não se sabe se o Lagevrio pode prejudicar o bebê quando é tomado na gravidez.
(*) Com portal da Anvisa.
Leia mais:
Campanha de ONG que pretende ajudar 500 famílias de BH com doações recebidas até esta sexta
Apesar de privatizado, metrô de BH deve receber mais de R$ 3 bilhões em investimentos públicos