#ÉFake: corrente espalha informações falsas sobre presença de substância perigosa em medicamentos

Da Redação
Publicado em 22/07/2019 às 15:35.Atualizado em 05/09/2021 às 19:39.
 (Sxc.hu)
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Corrente

Trecho da mensagem: Texto traz lista com 22 medicamentos e recomendação de médico contra eles

Voltou a circular nos últimos dias a corrente de WhatsApp alertando sobre a presença de uma substância em medicamentos brasileiros que causaria hemorragia cerebral fatal. A mensagem cita a Fenilpropalamina como integrante das fórmulas de 22 medicamentos em circulação pelo país, principalmente usados para combater sintomas da gripe. A informação, no entanto, é falsa.

Na mensagem, o autor dá a entender que a substância foi recém-proibida e que ela ainda pode estar presente em medicamentos que os brasileiros costumam ter em casa. Após a lista com os 22 nomes, o autor prossegue: "Solicito, pois, a todos que estejam utilizando qualquer medicamento da lista acima, que suspendam a medicação e procurem o seu médico para maiores detalhes". O Ministério da Saúde, por sua vez, esclareceu que a Fenilpropalamina é proibida no Brasil e no restante do mundo há quase 19 anos.

Em sua plataforma para esclarecer fake news relacionadas à saúde, o ministério já havia falado sobre a corrente em 2018. Segundo a pasta, a substância realmente era utilizada em alguns medicamentos disponíveis no Brasil, mas foi suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2000 após pesquisas da Food and Drug Administration (FDA), agência de medicamentos dos Estados Unidos, constatar que o ingrediente vinha provocando hemorragia cerebral fatal em alguns usuários. No Brasil, não foram registrados casos e a suspensão foi preventiva.

O médico Maurici Aragão Tavares, cujos nome e registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) são usados para assinar o texto, foi procurado, mas ainda não respondeu ao contato da reportagem. 

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