O Google e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lançam nesta quinta-feira (3) um plano de conscientização sobre o vírus da zika, com a implantação de uma base de dados para auxiliar os governos a prever tendências da epidemia.
O Google vai "emprestar" engenheiros para o Unicef e eles vão reunir dados agregados sobre a movimentação das pessoas (a partir de informações das companhias telefônicas), clima, viagens globais, infestação de Aedes aegypti e informação epidemiológica para ajudar a prever para onde a doença vai se expandir.
A ideia é auxiliar na alocação de recursos do Unicef e do Ministério da Saúde. A empresa lançou uma iniciativa semelhante, embora mais simples, após a epidemia de ebola em Serra Leoa.
Além disso o Google fez uma doação de US$ 1 milhão (R$ 3,88 milhões, na cotação de quarta-feira) para o Unicef usar em programas de conscientização no Brasil e outros países afetados pelo vírus da zika.
Segundo Gary Stahl, representante do Unicef no Brasil, nos próximos 100 dias técnicos vão treinar funcionários de 1.297 municípios brasileiros (23% das cidades do país) em estratégias para combate ao vetor e prevenção da doença. "Decidimos nos envolver no esforço contra a zika porque é essencial ter informações claras em epidemias", diz Jacquelline Fuller, diretora do Google.org.
Buscas
As buscas no Google sobre zika aumentaram 3.000% de dezembro de 2015 a janeiro de 2016. O site criou um painel de informações sobre a zika, que reúne todas as informações disponíveis sobre a doença, ao lado dos dados normais de busca, disponível em 16 idiomas.