Mater Dei e Johnson & Johnson MedTech iniciam projeto com uso de IA para detectar arritmia cardíaca
Iniciativa começa nas unidades Mater Dei Santo Agostinho e Mater Dei Contorno, em BH
A Rede Mater Dei e a Johnson & Johnson MedTech estão implantando uma linha de cuidado digitalizada que utiliza Inteligência Artificial para identificar precocemente e tratar pacientes com fibrilação atrial (FA), a arritmia cardíaca mais comum que afeta cerca de 2,5% da população brasileira, ou aproximadamente 5 milhões de pessoas.
A iniciativa busca aprimorar a jornada do paciente com FA dentro da instituição de saúde, oferecendo um cuidado integrado, contínuo e personalizado, desde o diagnóstico até dois anos após o tratamento.
Inicialmente, o projeto será realizado nas unidades Mater Dei Santo Agostinho e Mater Dei Contorno, em Belo Horizonte. A chegada da Linha de Cuidado reforça o objetivo de tornar a Rede Mater Dei um Centro de Referência para Arritmias, onde pacientes e médicos possam encontrar os melhores protocolos, governanças e tecnologia de ponta para endereçar todas as etapas da jornada de cuidado para a Fibrilação Atrial – do diagnóstico até o pós-tratamento).
Como funciona:
- Todos os exames de eletrocardiograma (ECG’s) realizados nos setores de Pronto Socorro, internações e UTI da instituição são inseridos automaticamente na plataforma da Neomed. A partir daí, a solução de inteligência artificial KARDIA realiza o rastreio sistemático da fibrilação atrial (FA) e outras arritmias de forma muito rápida.
- Quando uma alteração importante é identificada pelo sistema, e confirmada pelo corpo médico, a equipe de trabalho integrado é acionada. Com o acompanhamento contínuo de uma enfermeira navegadora, o paciente é convidado a entrar na Linha de Cuidado, que possui protocolos clínicos desenhados pela Johnson & Johnson MedTech e pela equipe do Hospital Mater Dei, para otimizar a jornada do paciente, e indicar o melhor caminho de tratamento (medicamentoso ou ablação).
- Dependendo do quadro clínico e de outras condições do paciente, a Linha de Cuidado acelera o encaminhamento dos pacientes para o tratamento com ablação por cateter. Um tipo de intervenção com uma série de vantagens que impactam no desfecho clínico, podendo ser até 10 vezes mais eficaz em retardar a progressão da FA, em comparação à terapia medicamentosa padrão isolada.
- O diagnóstico precoce e acurado é o primeiro passo para uma jornada mais eficaz e com maiores chances de sucesso. Ele contribui para um início mais rápido e adequado do tratamento, favorecendo também o engajamento e a adesão do paciente nos cuidados com a sua saúde, melhorando sua qualidade de vida. O controle precoce do ritmo cardíaco está associado a um menor risco de desfechos adversos, resultando em uma redução de 28% na mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares e em uma redução de 35% acidente vascular cerebral.
- A Linha de Cuidado também realiza a captura de indicadores clínicos e econômicos dentro do serviço de saúde.
Linhas de cuidado:
Desde 2023 a Johnson & Johnson MedTech Brasil tem avançado no desenvolvimento de Linhas de Cuidado digitalizadas, utilizando ferramentas como a IA, para ampliar o diagnóstico e melhorar a navegação digital do paciente pelo sistema de cuidado, fazendo com que o seu tratamento seja integrado e facilitado do começo ao fim.
A empresa tem realizado projetos dessa natureza com diversos parceiros, desenvolvendo linhas de cuidado em áreas como eletrofisiologia (arritmias), endometriose, câncer colorretal e câncer de pulmão.
Benefícios - Ablação:
Após um único procedimento, houve 84%-94% de ausência de arritmia atrial na fibrilação atrial paroxística em 1 ano.
- O estudo CABANA mostrou que os pacientes tratados com ablação por cateter tiveram uma redução de 48% na recorrência de FA em comparação com a terapia medicamentosa.
- Até 42% de redução de internações cardiovasculares, redução de 51% na ansiedade/depressão, e aumento de até 42% na qualidade de vida do paciente, segundo a literatura.
- O tratamento de ablação por cateter para FA paroxística foi associado a melhorias 3,8 vezes maiores na qualidade de vida geral e melhora significativa na carga de sintomas em comparação com a terapia medicamentosa.
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