Descuido

População sabe como barrar a dengue, mas não adota medidas preventivas mesmo após contágio

Dados do Ministério da Saúde apontam aumento no número de casos da doença em 2023

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
14/11/2023 às 13:42.
Atualizado em 14/11/2023 às 13:51
 (Divulgação)

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Pesquisa divulgada nesta terça-feira (14) aponta que 30% das pessoas que tiveram dengue não adotaram medidas preventivas para barrar novos focos do mosquito mesmo após o contágio. O relatório reforça a urgência de mais campanhas de conscientização por parte dos governos junto à população. 

O estudo foi feito pelo instituto IPSOS, sob encomenda da farmacêutica japonesa Takeda, desenvolvedora da vacina contra a dengue. Duas mil pessoas foram entrevistadas. "É importante fortalecer ainda mais a comunicação entre os órgãos públicos e a população”, resume a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas.

O alerta vem em meio ao aumento de casos da doença no país. Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de doentes em 2023 já supera o total de 2022. São mais de 1,6 milhão de confirmações da dengue, sendo 23,4 mil da forma mais grave.

A pesquisa também mostrou que aumentou a consciência do brasileiro de que a dengue pode matar. Conforme o relatório, 93% sabem da gravidade da enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No entanto, alguns mitos ainda persistem. Veja números do relatório:

  • 43% acreditam que a dengue ocorre exclusivamente no verão
  • 25% pensam que a doença só atinge pessoas das classes sociais mais baixas
  • 25% que só ocorre em regiões endêmicas
  • 21% pensam que a dengue não está presente onde moram
  • 21% que não acontece nas cidades grandes

*Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca

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