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Até agosto deste ano, 58 cirurgias plásticas de reconstrução mamária foram realizadas em Belo Horizonte pelo Sistema Único de Saúde. Em 2013, foram 83. A interferência é obrigatória na rede pública desde o ano passado, após a mastectomia – retirada total ou parcial do seio para o tratamento do câncer. Mais do que a beleza física o objetivo é devolver a autoestima de mulheres afetadas pela doença.
A reconstrução pode ser realizada imediatamente após a retirada do tumor ou depois de alguns meses. Segundo o presidente da Sociedade de Brasileira de Mastologia da regional Minas, Clécio Lucena, o procedimento mais comum é o implante de silicone, mas em alguns casos é necessária a utilização de tecidos do corpo. “Utilizamos retalhos musculares para refazer a mama, normalmente em reconstruções tardias e quando a mulher é submetida a várias sessões de radioterapia”, explicou.
Nos casos de mastectomia total, que inclui também retirada da aureola e papila, é realizada a termopigmentação. “É como uma tatuagem. Utilizamos um pigmento da cor da aureola da paciente e retalhos de pele para refazer a papila”, destacou Clécio.
Recuperação
“Quando coloquei o silicone, fez toda a diferença. Percebi que as coisas estavam voltando ao normal”, afirmou a enfermeira Kênia do Couto Gonçalves Silva, de 32 anos. Ela foi diagnosticada com a doença com apenas 28 anos e precisou retirar parte do seio.
Regina Célia Aparecida Silva Pereira, de 48 anos, foi diagnosticada em 2012 com o tumor e foi submetida a uma mastectomia total. “Foi muito difícil, mas hoje, graças a Deus, estou recuperada”, disse.