Parte das orientações diz respeito ao que se põe - e principalmente ao que não deveria entrar - no prato da garotada (Freepik)
Em tempos de fake news, conseguir informação de qualidade e confiável muitas vezes se torna um desafio. Quando o assunto envolve a saúde, então, não dá para vacilar. Por isso, uma cartilha lançada pelo Setor de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG pode ser uma mão na roda para famílias e até profissionais de saúde. Em formato digital, reúne dicas sobre nutrição, doenças gastrointestinais e alimentação saudável para crianças e adolescentes, entre outros temas. E o melhor: com informações científicas em linguagem simples e acessível.
O e-book nasceu a partir de um projeto de extensão desenvolvido na Faculdade de Medicina e reúne postagens do perfil do Instagram @gastropedufmg. Segundo a professora Eleonora Druve, do Departamento de Pediatria (PED), a rede social é usada para compartilhar atividades educativas e de apoio para pais e cuidadores dos pacientes atendidos pelo serviço, com incentivo ao autocuidado e autonomia. Reunidos agora em formato de cartilha digital, os post informativos somam mais de 400 páginas.
O material explica, por exemplo, como é feito o diagnóstico de obesidade em meninos e meninas, a partir do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), da avaliação em consultório e da análise das curvas de crescimento. Mas vai além. Traz as consequências do sobrepeso, como o risco de desenvolver diabetes, refluxo e pior evolução em casos de Covid-19, e ensina que até o sono de qualidade ruim pode levar aos quilos extras.
Outras orientações dizem respeito ao que se põe - e principalmente ao que não deveria entrar - no prato da garotada. O iogurte industrializado oferecido em horários próximos às refeições principais ou como sobremesa pode reduzir a absorção de ferro e contribuir para a ocorrência de anemia, por exemplo. O mesmo acontece com o leite.
E se você tem dúvida se uma criança ou adolescente pode seguir dieta vegetariana e mesmo assim crescer e se desenvolver de forma adequada, a resposta está lá na página 105. É “sim”, desde que o cardápio seja bem balanceado e que haja acompanhamento criterioso por pediatra ou nutricionista – e com a ressalva de que muitas vezes será necessária a suplementação de vitaminas e minerais.
A publicação do e-book foi coordenada por docentes da Faculdade de Medicina, com a participação de acadêmicos, médicos e residentes do Hospital das Clínicas, mestrandos e doutorandos da pós-graduação em Ciências da Saúde da Criança e do Adolescente. O material está disponível, de graça, aqui. (Com informações da Faculdade de Medicina da UFMG)