Acima de 30 anos

UFMG busca voluntários que tenham diabetes mellitus tipo 2 para participar de pesquisa

Principal objetivo é avaliar como os exercícios podem ajudar a controlar doença e possíveis complicações

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 23/10/2024 às 15:56.Atualizado em 23/10/2024 às 17:46.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está em busca de voluntários, homens e mulheres acima de 30 anos e que tenham diabetes mellitus tipo 2 (DM2), para participar de uma pesquisa sobre os efeitos das atividades físicas no combate ao declínio cognitivo. O principal objetivo é avaliar como os exercícios podem ajudar a controlar a doença. 

Os voluntários participarão de sete encontros. Nos três primeiros, serão avaliadas as capacidades físicas e cognitivas. Já nos restantes, eles participarão de sessões experimentais, nas quais farão exercício aeróbico ou repouso, no período da manhã e da tarde. Também serão coletadas amostras sanguíneas para análise de variáveis bioquímicas (fatores neurotróficos, citocinas pró e anti-inflamatórias), avaliação cognitiva e da oxigenação cerebral. 

Durante todo período da pesquisa também será medida a glicemia dos voluntários, por dispositivo de medida contínua de glicose sanguínea, que permite avaliar qual o melhor horário do dia para praticar exercícios. Os voluntários que têm interesse em participar do projeto devem escrever para o e-mail camilaberbertg@gmail.com.

O projeto Cronoex será feito por pesquisadoras do Laboratório de Fisiologia do Exercício (Lafise) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) e do Laboratório de Endocrinologia e Metabolismo do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.

Diabetes Mellitus tipo 2

A DM2 ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina, e ela deixa de exercer seu papel no organismo. O desenvolvimento da doença está relacionado à obesidade, inatividade física e distúrbios circadianos, como os do sono e os relacionados ao trabalho por turnos.

Além de prejuízos metabólicos, a doença pode acarretar em longo prazo, disfunções cognitivas, demências e até mesmo aumentar a chance de desenvolver Alzheimer. No início, as pessoas têm alterações leves mas, se não tratadas devidamente, faz a condição evoluir. 

Os exercícios físicos têm sido recomendados como uma estratégia não farmacológica para o controle da DM2 e suas complicações, como o declínio cognitivo. Estudos apontam que o horário do dia em que a pessoa se exercita pode influenciar nos efeitos da atividade sobre o metabolismo de glicose de indivíduos com DM2, mas pouco se sabe sobre os impactos do exercício físico na cognição.

Evento na UFMG 

Em 16 de novembro ocorrerá um evento na UFMG, Campus Pampulha, com o objetivo de orientar pessoas com DM2 acerca da relação entre a doença, cognição e o exercício físico e terão acesso gratuito a testes físicos e cognitivos. Evento é em decorrência do dia Mundial do Diabetes em 14 de novembro. 

No evento, uma pesquisadora fará palestra sobre o tema, e depois serão avaliadas a pressão arterial, frequência cardíaca, glicemia, força de membros inferiores e superiores e capacidade cognitiva por profissionais. Os participantes que se interessarem serão convidados a participar do projeto Cronoex. 

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