Sebrae lança cartilha sobre biodiesel

Jornal O Norte
23/03/2007 às 00:42.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:00

Sebrae informa que está investindo em projetos voltados para o biodiesel, etanol e a sivilcultura, com o plantio de árvores para celulose, móveis e carvão vegetal

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Com a onda de todos entrarem na cadeia produtiva do biodiesel por ser a menina dos olhos do governo federal e ainda diminuir a emissão de gases poluentes à camada de ozônio, o Sebrae agora lança a cartilha do biodiesel.

Segundo informou a assessoria, a cartilha elaborada pela Unidade de agronegócios e territórios específicos do Sebrae Nacional vai funcionar com como um informativo que define e conta o histórico do biocombustível, assim como seu marco regulatório, as matérias-primas utilizadas, capacidades industriais instaladas no País, desafios e perspectivas, além de fontes de pesquisa.

No Norte de Minas, as obras de construção da usina de biodiesel estão a todo vapor, mas a verdade é que a matéria-prima a ser usada ainda não foi definida pela Petrobras.

O biodiesel é um combustível obtido a partir de matérias-primas vegetais ou animais. Pode ser derivado de óleos vegetais como soja, mamona, colza (canola), palma, girassol, amendoim, babaçu, entre outros. Já as de origem animal, são obtidas do sebo bovino, suíno e de aves. Esse combustível é adicionado em percentuais, ou em substituição integral, ao óleo diesel.

A assessoria informou também que o Sebrae vem adotando linhas de atuação que abrangem as quatro diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Agricultura sobre Agroenergia, para o período de 2006 a 2010, que são: biodiesel; etanol; florestas energéticas (silvicultura com fins de produção de energia); e resíduos de origem vegetal e animal. Atualmente, o que predomina nas unidades estaduais do Sebrae é o investimento em projetos voltados para o biodiesel, etanol e a sivilcultura, com o plantio de árvores para celulose, móveis e carvão vegetal. Ao todo são nove projetos em sete estados.

A analista de Agronegócios do Sebrae nacional, Wang Hsiu Ching, explica que a instituição tem tido o papel de alimentar os empresários de micro e pequenos negócios com informações mínimas iniciais, na posição de agente indutor de projetos voltados para a agroenergia.

- Em vez de esperar que tudo aconteça, vamos nos posicionar de forma pró-ativa, levantando informações, uma vez que já reconhecemos que a agroenergia é uma oportunidade para os pequenos negócios. Existe ao longo da cadeia desses quatro eixos uma série de oportunidades de geração de negócios e inclusão dos pequenos negócios - afirma.

Alguns especialistas dizem que os produtores ainda precisam de instruções, já que a informação geralmente demora a chegar até o pequeno homem do campo. Basicamente, os médios e grandes produtores é que têm esse acesso a melhor forma de conduzir a lavoura e esse talvez seja um impasse a se posicionar no caminho do governo, conforme instituições de pesquisa.

A Petrobras acredita que poderá comprar o óleo em seus pontos estratégicos, o que seriam seus projetos fincados em algumas regiões do Brasil, a exemplo de usinas nas regiões do semi-árido e Nordeste, além de outras regiões do país.

A expectativa é de que o Brasil irá produzir 1,118 bilhão de litros de biodiesel ao ano em 2008, 39,75% mais que a demanda de 800 milhões de litros esperada para suprir a mistura mandatória de 2% ao diesel de petróleo, a B2.

O volume disponibilizado em 2008 será, segundo o governo federal, a soma dos 49 milhões de litros por ano oferecidos pelas cinco unidades já existentes, dos 61 milhões de litros, a serem produzidos, empresas em fase de regularização e pelos 24 projetos em construção ou em projeto.

O único problema a se resolver no Norte de Minas é a questão do plantio das oleaginosas. Os produtores temem plantar a mamona, mas ao que tudo indica será, segundo a Empresa de pesquisa agropecuária de Minas Gerais, a matriz energética da região. Pelo menos por enquanto diz. (Com Sebrae)

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