SÃO PAULO - As ruínas do cemitério de uma vila inundada com a construção da hidrelétrica de Itaipu voltaram a aparecer com a estiagem que afeta reservatórios em todo o país.
Restos de sepulturas do antigo povoado de Alvorada do Iguaçu (PR), submerso em 1982, ficaram visíveis porque o lago artificial da usina atingiu nos últimos dias um de seus níveis mais baixos.
No último dia 12, o reservatório de Itaipu estava 215,5 m acima do nível do mar, índice próximo à menor marca já registrada 215,35 m, em janeiro de 2001.
A hidrelétrica informou que o cemitério já havia reaparecido no ano passado, quando também houve diminuição da quantidade de água que abastece a usina, que nunca operou abaixo dos 215 metros.
Segundo Itaipu, o nível deve continuar oscilando até a chegada das chuvas na cabeceira da bacia do rio Paraná. Hoje, o índice do reservatório estava em 216,2 m.
O ressurgimento das ruínas de Alvorada durante períodos de estiagem não é uma ocorrência incomum. O antigo cemitério havia ficado visível também em 1999 e 2008.
Reservatórios
Na segunda-feira (17), o nível de armazenamento das hidrelétricas da região Sudeste caiu 0,1 ponto percentual, de 35,5% para 35,4%, seguindo o mesmo ritmo de queda do final de semana.
No Sul, a quantidade de água nas reservas das hidrelétricas da região voltou a cair, depois de ter apresentado uma pequena melhora no dia anterior.
A porcentagem da capacidade máxima ficou em 42,5%, uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao valor registrado no último domingo. No final de semana, o nível no Sul cresceu 0,2 ponto percentual, de 42,8% para 43%, depois de quatro semanas de diminuição.
Os resultados melhores no Sul foram impulsionados pela chuva que caiu entre sexta-feira e domingo na região.