Valéria Esteves
Repórter
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O secretário de estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Nélio Brumer veio a Montes Claros anunciar a implantação de um porto seco. A notícia dada durante o seminário Minas no caminho do desenvolvimento agradou aos empresários e prefeitos da região, que poderão escoar a produção de seus municípios e propriedades.
Na explanação do secretário, que informou que o Norte de Minas é responsável por 5% do PIB - Produto interno bruto, a região tem potencial para chegar a números ainda maiores, momento em que deu ênfase ao Projeto Jaíba, como exemplo de iniciativa que se transformou no maior projeto irrigado da América Latina.
Hoje o Jaíba já exporta container de limão para a Europa, negócio fechado no porto de Santos, segundo o diretor da Fundetec - Fundação para o desenvolvimento científico e tecnológico, Rômulo Marques.
Ele acredita que a vinda do secretário foi uma oportunidade para os empresários dialogarem com o governo ao assinarem o protocolo de intenções do porto seco.
- Essa idéia saiu de dentro do parque tecnológico e veio marcar época e abrir espaço para o desenvolvimento de projetos empreendedores.
O prefeito Athos Avelino procurou em sua fala mostrar que Montes Claros vai crescer muito com a implantação do porto seco, mesmo porque já existem demandas para ele, como a movimentação do pólo moveleiro, a possibilidade de escoar produtos farmacêuticos tendo como base a atuação da multinacional Novo Nordisk, além de empresa que fabrica hidrômetros para exportação, entre outros pólos aqui presentes.
O prefeito disse que cabe aos norte-mineiros evidarem esforços para que o desenvolvimento aconteça como pretende o governador Aécio Neves. Ele apoiou posição do secretário, que defendeu o uso da energia da usina de Irapé também pela região.
ATRAÇÃO
Brumer lembrou, ainda, que Minas Gerais e o Norte de Minas como um todo, têm que se mostrar mais para atrair mais negócios em busca do caminho do desenvolvimento, apesar de ter alcançado resultados positivos no setor automobilístico, produção expressiva de alumínio e bauxita, produção de gemas, fruticultura e, principalmente, no agronegócio.
Minas Gerais tem hoje o segundo parque industrial do país. Número, diz o secretário, alcançado pela indústria têxtil, de celulose e biotecnologia, entre outras. Informou também que o governo estadual vai reestruturar aeroportos na região, especialmente os de Janaúba, Januária, Salinas, Montalvânia, Bocaiúva e Jaíba.
O secretário lembrou que os outros portos secos do estado também têm registrado bons negócios, apesar de chamar a atenção para o crescimento de produtos que estão rumo ao exterior, principalmente produtos da fruticultura do Jaíba.
- Com o passar dos anos, Minas foi perdendo o costume de planejar suas ações. Temos que ter consciência de que nada funciona sem planejamento estratégico para tudo dar certo. E mais: todos os prefeitos e empresários têm que trabalhar com planos de ação. Se hoje temos o título de segunda economia do país, temos que melhorar as movimentações do que produzimos para aumentar o desenvolvimento econômico do estado.
DESAFIOS
O secretário chamou a atenção para os desafios que devem ser vencidos, como melhorar a educação, combater a pobreza, a violência, entre outros fatores que têm que ser sanados para Minas ser o melhor lugar para se viver.
Outro ponto importante do seminário Minas no caminho do desenvolvimento foi quando Brumer anunciou que o governo estabeleceu 31 projetos prioritários que devem ser cumpridos à risca. Comentou que o governo recebeu recursos internacionais para investir em construções de ligações asfálticas, saneamento e combate ao êxodo rural.
Além de anunciar a implantação do porto seco, o seminário teve o propósito de apresentar, através do secretário, informações sobre os programas das empresas que compõem o sistema operacional de desenvolvimento econômico, como o Banco de desenvolvimento de Minas Gerais, Companhia de desenvolvimento econômico de Minas Gerais, Cemig, Instituto de desenvolvimento integrado e Junta comercial do estado de Minas Gerais.