(Elias Edouard)
WASHINGTON - O secretário de Estado americano, John Kerry, declarou nesta quinta-feira (14) que o conflito na Síria pode ter provocado a morte de 90.000 pessoas, citando uma conversa com seu homólogo da Arábia Saudita.
"Tive a ocasião (...) de conversar nesta manhã com o ministro das Relações Exteriores saudita (o príncipe Saoud Al-Fayçal). A primeira coisa que ele me disse é que, segundo suas estimativas, pode ser que 90.000 pessoas foram mortas na Síria" desde o início do conflito, em março de 2011, declarou Kerry durante uma coletiva de imprensa ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. As Nações Unidas estimam que 70.000 pessoas morreram na Síria até então.
O novo chefe da diplomacia americana também ressaltou a "situação humanitária desesperadora" no país, enquanto a ONU e os Estados Unidos calculam que 750.000 sírios fugiram de seu país e 2,5 milhões precisaram se deslocar pelo território.
Quarta-feira, Kerry anunciou sua intenção de convencer o presidente sírio Bashar al-Assad de deixar o poder por meio de uma solução negociada com a oposição e a ajuda da Rússia.
"Precisamos resolver a questão do cálculo atual do presidente Assad. Acredito que há mais coisas que podem ser feitas para mudar a percepção atual" da situação na Síria, disse o ministro americano, que não quis ser mais preciso.
Com Ban Ki-moon, Kerry afirmou que "quer saber o que pensa o secretário-geral (da ONU) sobre o que podemos fazer para mudar os cálculos do presidente Assad, a fim de parar o derramamento de sangue e começar uma transição política rumo a um futuro democrático".
Na sexta-feira passada, Kerry mencionou uma nova iniciativa "diplomática" para tentar parar a guerra na Síria..