Segunda-feira sangrenta para as crianças sírias: 26 mortes

AFP
Publicado em 14/01/2013 às 17:57.Atualizado em 21/11/2021 às 20:37.

DAMASCO - Esta segunda-feira (14) foi um dia particularmente sangrento para as crianças na Síria com 26 mortes registradas entre menores de idade em bombardeios nas cidades de Damasco e Aleppo, enquanto regime e rebeldes se acusam mutuamente pelas mortes. A tragédia coincide com a iniciativa de mais de 50 países, que devem exigir que o Conselho de Segurança da ONU acione o Tribunal Penal Internacional (TPI) pelos crimes cometidos durante os 22 meses de conflito no país.

Enquanto o conflito entra em seu 23º mês, com um registro de mais de 60.000 mortes, os meios de comunicação sírios lideram o ataque contra o emissário internacional Lakhdar Brahimi, um "turista idoso" que, segundo eles, deveria deixar os sírios "tranquilos" se não tem solução a oferecer. As autoridades lançaram uma campanha para denegrir a imagem do diplomata argelino de 79 anos, depois de sua crítica contra o plano para acabar com crise proposto por Assad em 6 de janeiro e que rejeita sua saída do poder.

Decidido a esmagar a rebelião, chamada de "terrorista" por parte do regime, o Exército realiza novos ataques e operações nesta segunda, especialmente nas proximidades de Damasco, onde se concentram os combates.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma ampla rede de ativistas e médicos em toda a Síria, oito crianças, com idade entre nove meses a 14 anos, e cinco mulheres foram mortas em bombardeios da aviação em Mouadamiyat al-Sham, sudoeste da cidade de Damasco. Em um vídeo postado na internet por ativistas é possível ver as fachadas dos edifícios completamente destruídas, além de corpos ensanguentados e cobertos por poeira.

Mas a imprensa oficial acusa os rebeldes pelos disparos de foguetes contra casas em Mouadamiyat al-Sham. Outras quatro crianças, sendo duas da mesma família, com idade entre 6 e 7 anos, foram mortas em um bombardeio em uma cidade militar perto de Damasco e seis outras crianças morreram em Aleppo (norte), de acordo com o OSDH.

No total, 54 pessoas morreram nesta segunda-feira, segundo um balanço provisório da organização.

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