Sem competitividade, já há quem planeje transformar a empresa em ‘negócio da China’

Evaldo Magalhães
efonseca@hojeemdia.com.br
19/03/2021 às 20:02.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:27

No Vale da Eletrônica de Santa Rita do Sapucaí, cidade 40 mil habitantes do Sul de Minas, houve casos de empresas que multiplicaram negócios durante a pandemia em razão do aumento da demanda por equipamentos de telecomunicações.

Isso ocorreu porque elas tinham um diferencial competitivo sobre importados, graças a impostos que agora serão reduzidos. A tendência, portanto, é de queda no faturamento e no emprego. Há até quem esteja pensando em exportar a própria indústria. ARQUIVO HOJE EM DIA

No Vale da Eletrônica, tendência é de redução no faturamento e no emprego

É o caso do empresário Magno Nogueira, dono da Think Technology. Criada em 2015, com apenas três pessoas, a indústria, que fabrica equipamentos como modems e roteadores, deu um salto em 2020, atingindo 300 colaboradores e faturando 240% a mais que em 2019. “De 60 mil modems vendidos no período anterior, passamos para 500 mil”, diz Nogueira.

Após os bons ventos, contudo, a notícia da redução da taxação dos concorrentes importados surgiu como uma nuvem de tempestade. “Vamos simplesmente deixar de ser competitivos. O imposto sobre o importado pronto cai, mas o que pagamos pelos componentes de fora para fabricar aqui, não”, sustenta ele. A solução, diz, pode ser mudar de endereço, de maneira radical.

“Tenho parceiros na China e penso em montar uma unidade produtiva lá. É lógico que meu intuito não é esse, porque quero potencializar cada vez mais o desenvolvimento do Brasil. Mas, com essa redução de impostos para os importados, temo não encontrar outra solução”, afirma.

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