Sem muito alarde, Bernard e Fred querem brilhar na Copa

Felipe Torres - Enviado Especial
09/06/2014 às 08:52.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:55

(Gaspar Nóbrega e Douglas Magno)

TERESÓPOLIS – O mineiro tem fama de “come-quieto”. Costuma falar menos e fazer mais até conquistar seus objetivos. Os dois únicos representantes nascidos em Minas Gerais entre os 23 convocados de Luiz Felipe Scolari à Copa do Mundo não fogem a essa tradição. Fred e Bernard superaram muitos obstáculos na carreira para garantirem seu espaço na reedição da Família Scolari.
 
Agora, estão a três dias de vestirem a amarelinha diante da Croácia, quinta-feira, em São Paulo, quando começa a luta brasileira pelo hexa.
O atacante de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, sequer figurava nos planos do treinador antecessor da Seleção, Mano Menezes. Chegou a reclamar publicamente do esquecimento. Felipão assumiu e, de cara, bancou o retorno de Fred. “Ele será meu camisa 9 no Mundial”, declarou, na ocasião.
 
“Graças a Deus, Felipão pegou a Seleção. Ele gosta de atuar com um centroavante e sempre me deu confiança, inclusive nos momentos difíceis (lesões). Estou doido que comece a Copa, pois espero marcar muitos gols. Vou procurar colocar todas as bolas que vierem para dentro”, promete Fred.
 
A estreia do ex-atleta de América e Cruzeiro pelo Brasil aconteceu no amistoso contra a Guatemala, em São Paulo, em 2005, substituindo a Robinho. Disputou a Copa da Alemanha, em 2006, deixando sua marca diante da Austrália. No ano passado, foi decisivo na conquista brasileira da Copa das Confederações
 
Caçulinha e xodó
 
A história do belo-horizontino Bernard, de 21 anos, se confunde com a de muitos outros garotos da base de clubes grandes. Somente das categorias inferiores do Atlético acabou dispensado em duas oportunidades, fora as tentativas frustradas no rival Cruzeiro. Porém, o baixinho, de 1,63m, persistiu.
 
Na temporada 2010, quando ainda defendeu as cores do Democrata-SL, subiu ao profissional do Galo. Firmou-se mesmo com o comandante Cuca, no ano seguinte. Tornou-se o “afilhado” do craque Ronaldinho Gaúcho na vitoriosa campanha da Copa Libertadores de 2013. Parou no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por R$ 76 milhões.
 
Caçulinha da Família Scolari, Bernard ganhou o carinho de todos do elenco. É o xodó. Nos treinamentos, destaca-se pelas brincadeiras com os colegas, em especial Marcelo e Neymar. Também levou algumas pancadas, por ser o menor da turma.
 
“É maravilhoso conviver com um elenco como este, que sabe brincar, mas também ser sério no momento certo. Estamos todos bastante concentrados, sabendo da responsabilidade que temos em mãos, de ganhar uma Copa em casa”, afirma Bernard, ídolo do Galo.

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