Servidores protestam contra Reforma da Previdência em Minas; veja repercussões

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
04/09/2020 às 14:32.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:27
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A votação da Reforma da Previdência dos servidores estaduais, na manhã desta sexta-feira (4), foi marcada por protestos na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Sindicatos de categorias impactadas pela mudança nas regras da aposentadoria marcaram presença com faixas e carros de som. Não houve aglomeração durante o protesto.

Os sindicatos se mostraram contrários à reforma, realizada por meio de um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) e um Projeto de Lei Complementar (PLC), mas as mudanças foram aprovadas em segundo turno pelos deputados.  As principais laterações estão na idade que os servidores deverão ter para conseguir aposentar. Pelo texto, a idade mínima para a aposentadoria mudou de 60 para 65 anos para os homens; e saltou de 55 para 60 para as mulheres que estão na ativa.

Repercussão

Após a votação, vários deputados se manifestaram sobre a reforma. A oposição ao governo conseguiu reverter alguns pontos da proposta original (como a criação de uma instituição para administrar o sistema previdenciário do Estado), mas lamentou as mudanças que passaram para o texto final.

“Servidores vão trabalhar mais tempo, ganhar menos porque terão descontos maiores a título de contribuição previdenciária, passarão por transições dolorosas do sistema de vigência atual para o proposto, deixarão para suas viúvas e dependentes pensões menores, e inativos que ganham mais do que três salários mínimos vão contribuir para a previdência.  O que já é ruim, ficou pior”, afirmou a deputada Andreia de Jesus (Psol).

Já o deputado Guilherme Cunha, do Partido Novo, comemorou a aprovação da reforma em Plenário, mesmo com as alterações feitas no projeto enviado por Zema. “A data de hoje será lembrada por muito tempo! A Assembleia Legislativa aprovou a Reforma da Previdência, que vai trazer justiça para nosso Estado, com regras de aposentadoria mais parecidas entre servidores públicos e o restante dos trabalhadores, maior equilíbrio para as contas públicas e maior possibilidade de colocar salários de servidores em dia e fazer mais investimentos em educação, saúde e segurança para melhorar a vida de todos os 21 milhões de mineiros”, afirmou.Lucas Prates / N/A

Várias faixas foram afixadas na rua Rodrigues Caldas

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