Setor agropecuário fecha 2010 em crise rural

Jornal O Norte
28/12/2010 às 17:32.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:48

Janaína Gonçalves


Repórter

Todos os anos, quando chega o período de estiagem, a região norte-mineira convive com um dos impactos ambientais mais severos. Quem avalia como foi 2010 é o presidente do Sindicato Rural de Montes Claros, Ricardo Quadros Laughton.

- O ano foi difícil, pois continuamos com sérios problemas no setor de meio ambiente que ainda não foram solucionados. Também continuamos a enfrentar dificuldades devido ao endividamento rural, mas o Sindicato Rural está atento a estas questões e continua mantendo contatos com os órgãos competentes visando, pelo menos, amenizar os problemas – disse.

SINDICATO

Conforme o presidente, o sindicato tem trabalhado constantemente em defesa dos produtores rurais.

- Foi reativado o convênio com o Ministério do trabalho e emprego para emissão de carteiras profissionais. Por outro lado, o Sindicato dos produtores rurais de Montes Claros ficou em primeiro lugar em Minas Gerais na realização de cursos do Senar – Serviço nacional de aprendizagem rural. Ao todo, realizamos 141 treinamentos, sendo 30 cursos de inclusão digital e 111 de formação profissional e promoção social – ressaltou.

ADEPTOS

O número de associados vem crescendo substancialmente em função dos trabalhos que estão sendo continuados ao longo do ano.

- A intenção é proporcionar maiores benefícios para os produtores rurais, seus familiares e trabalhadores.

DIFICULDADES

Segundo Laughton, uma das dificuldades encontradas pelo órgão é o acesso ao crédito rural que ainda continua sendo burocratizado.

- Neste ano de 2010, enfrentamos uma considerável perda de pastagens devido ao longo período de estiagem registrado na região – acrescentou.

Além disso, ele informou a reportagem de O Norte que o outro grande obstáculo para o desenvolvimento da agropecuária regional continua sendo as dificuldades causadas pela atuação dos órgãos ligados ao meio ambiente, que insistem em desrespeitar as leis, como é o caso da nova legislação sobre a mata seca, recentemente aprovada pela Assembléia legislativa e que ainda não tem sido colocada em prática.

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